sexta-feira, 24 de abril de 2009

FRANÇA - Vitória do movimento operário na Toyota.

A radicalização da luta conduziu à vitória.

Vitória na Toyota

Após quatro dias de bloqueio, os operários da fábrica da Toyota em Onnaing (Norte da França) alcançaram, segunda-feira, 20, um acordo que satisfez grande parte das suas exigências.

O resultado desta que foi a primeira greve na fábrica da Toyota, instalada em França desde 2001, foi considerado pelos representantes dos trabalhadores como uma importante vitória em tempo de crise.
Desde Setembro do ano passado que os cerca de 2700 operários, que em tempo normal constroem diariamente 900 unidades do modelo Yaris, são forçados a períodos de «desemprego parcial» com redução de salário. Desde o início de 2009, por efeito conjugado da redução da procura e das greves que paralisaram a Faurecia, fornecedor de equipamento, o construtor japonês diminuiu a produção, impondo duas semanas de «desemprego», remuneradas a 60 por cento do salário.
Na noite da passada quinta-feira, 16, um grupo de 200 a 250 operários em greve decidiu bloquear todas as entradas da fábrica impedindo o seu reabastecimento. As linhas de montagem paralisaram.
Notando que a Toyota é a quinta empresa mais rica do mundo, os grevistas exigiram o pagamento a 100 por cento dos dias de «desemprego» forçado, bem como a remuneração de parte dos dias de greve. A administração resistiu e levou o caso para os tribunais. Na segunda-feira, dia em que uma audiência estava marcada, é alcançado um acordo que satisfaz o essencial das reivindicações dos trabalhadores.
A Toyota pagará a partir de agora 75 por cento do salário bruto nos dias de «desemprego parcial», o que representa mais de 90 por cento da remuneração líquida, com retroactivos a Fevereiro último. Os dias de greve serão pagos à razão de um por mês e foi ainda assumido o compromisso de não aplicar qualquer sanção aos operários que participaram no bloqueio das instalações.
Congratulando-se com a vitória, o delegado da CGT, Eric Pecqueur, declarou à imprensa que a luta continuará, agora pela resolução dos contratos a prazo. O movimento grevista iniciou-se há duas semanas, tendo provocado uma perda de produção de 3300 veículos.
Fonte:Site do Avante.

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