sábado, 25 de abril de 2009

PORTUGAL - 35 anos da Revolução dos Cravos.

A Marcha de 23 de Maio é um momento essencial para retomar Abril.

PCP comemora 35 anos da Revolução dos Cravos.

É preciso Abril de novo!

«O melhor do caminho histórico de Abril ainda está para vir», afirmou Jerónimo de Sousa no almoço comemorativo do 25 de Abril, realizado no domingo na Parede, que contou com a participação de mais de 250 militantes e simpatizantes comunistas.

O almoço da Escola Secundária Fernando Lopes-Graça, na Parede, no concelho de Cascais, comemorativo do 25 de Abril, é uma tradição com mais de duas décadas. Todos os anos, por iniciativa da organização concelhia do PCP, comunistas e democratas do concelho de Cascais juntam-se para assinalar Abril – a luta antifascista, as conquistas revolucionárias e o seu legado de futuro.
Por ali passaram, várias vezes, como convidados, o próprio Fernando Lopes-Graça e o General Vasco Gonçalves. Este ano, e pela segunda vez, esteve presente Jerónimo de Sousa, que confraternizou com as mais de 250 pessoas que encheram por completo o refeitório da escola.
Atrás da mesa onde se sentava, juntamente com responsáveis locais e regionais do Partido, o Secretário-geral do PCP, podia ler-se num grande pano de fundo «Abril de novo» – é este o lema da CDU para as comemorações deste 35.º aniversário da Revolução. Em pequenos cartazes, afixados em vários locais, apelava-se à participação de todos na Marcha «Protesto, Confiança e Luta», que a coligação promove em Lisboa no próximo dia 23 de Maio.
Na sua intervenção, seguida entusiasticamente pelos presentes e que publicamos nas páginas seguintes, o dirigente do PCP realçou também a importância da Marcha convocada pela CDU que, realçou, projecta «uma nova fase do processo de construção da ruptura com a política de direita». Sendo uma Marcha de «oposição às opções políticas do Governo», destacou, é também de «exigência de uma mudança clara na vida política nacional». Para Jerónimo de Sousa, a decisão de convocar a Marcha é «muito audaciosa» e exige uma «grande confiança nas forças de que dispomos mas exige ainda mais uma grande confiança no nosso povo».
O Secretário-geral do PCP considerou ainda que esta é uma Marcha que, sendo da CDU, é de «grande convergência política e social de homens, mulheres e jovens do seu próprio tempo. Homens, mulheres e jovens que fazem mais do que recusar um estado de coisas, que querem ser construtores de um presente e de um futuro diferentes e melhores». Quem nela participar, garantiu, «está a assumir um compromisso consigo próprio e com o povo a que pertence: tomar a sua vida nas suas próprias mãos».
Antes, Pedro Mendonça, da Comissão Concelhia de Cascais do PCP e vereador na Câmara Municipal, tinha já chamado a atenção para a luta dos trabalhadores da Scotturb e para os despedimentos na Euronadel. O também militar de Abril salientou ainda que o aumento da pobreza e da exclusão social fazem-se sentir também no concelho de Cascais. Nesta situação, e no ciclo eleitoral que se aproxima, o Partido tem pela frente «um trabalho árduo e de persistência».
O almoço do passado sábado na Parede foi uma das iniciativas comemorativas do 25 de Abril promovida pelo PCP. Por todo o País, em várias acções, os comunistas não deixarão cair no esquecimento o significado deste momento maior da história nacional.
Fonte:Avante.

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