O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou, nesta quinta-feira (16), que ''terroristas europeus'' planejavam atentar contra a sua vida. O vice-presidente Alvaro Garcia Linera e autoridades de seu gabinete também seria alvos do grupo, desarticulado pela polícia, na última madrugada, em Santa Cruz.
''Não me equivoquei ao dizer, domingo passado, que os dias de Evo Morales podiam estar contados. Os resultados da operação de hoje concidem com a informação preliminar que tínhamos a respeito deste grupo terrorista de mercenários europeus e bolivianos'', disse Morales, na cidade de Cumaná, onde acontece a reunião da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA).
Em La Paz, García Linera disse que a articulação foi identificada a partir da documentação encontrada na operação desenvolvida na madrugada, onde três supostos terroristas morreram em um tiroteio com a polícia, que deteve outros dois.
''Os documentos, de maneira preliminar, falam dos preparativos de um magnicídio, de um atentado contra as vidas do presidente e do vice-presidente da República'', afirmou.
Segundo ele, o governo tem dados sobre a presença destes terroristas em recentes atos públicos de Morales e sobre o acompanhamento que teriam feito às viagens de comitivas do presidente, dele próprio e de alguns ministros.
Após o tiroteio travado em Santa Cruz, a operação policial continuou com a apreensão, no centro comercial da cidade, de armamento como metralhadoras e fuzis, além de explosivos preparados para futuros atentados, segundo García Linera.
Pela apreensão destas armas e pelos documentos encontrados, o governo afirma que esta quadrilha cometeu os recentes atentados em Santa Cruz, contras as casas do cardeal Julio Terrazas, ontem, e do vice-ministro de Autonomias, Saúl Ávalos, há três semanas.
O vice-presidente disse que, pela quantidade e modelo das armas encontradas, a polícia deduz que podem haver outras ''células'' terroristas na Bolívia, que vinculou a uma suposta ''ideologia de extrema direita fascista''.
Na última terça-feira, a lei eleitoral transitória da Bolívia, que garantirá as eleições gerais de dezembro, foi aprovada, após movimentação contrária da oposição, que levou Morales a uma greve de fome. Desde iniciado esse processo, o presidente afirma que existe um vasto plano para derrubar seu governo.
''Na Bolívia, a direita tentou me tirar com o voto do povo, mas fracassou; tentou me tirar com um golpe de Estado cívico prefeitural (em agosto e setembro), mas fracassou; e agora planejava fazer o mesmo, usando esses mercenários, mas fracassaram. Oxalá fracassem para sempre'', disse Morales.
Fonte:Site O Vermelho.
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