Enviado por Juliana Damasceno
Jornal GGN - Só se fala nisso: a briga no congresso e senado norte-americanos e a paralisação do governo Barack Obama há 16 dias. E então, em apenas uma madrugada, tudo volta aparentemente à normalidade e até os funcionários públicos, em férias forçadas retornam aos seus postos.
Mas é importante saber o que foi definido na reunião de ontem que acabou em um acordo que postergou os assuntos pendentes no governo americano e, principalmente, acalmou países e mercados mundo afora.
Por 285 votos a 144 no congresso, foram aprovadas as seguintes medidas para evitar uma crise fiscal imediata, de acordo com o jornal inglês Financial Times:
Paralisação do governo
As centenas de milhares de funcionários do governo federal precisam voltar ao trabalho nesta quinta-feira (17). Eles serão remunerados pelos 16 dias de desligamento forçado pela paralisação até 15 de janeiro.
Teto da dívida
O Tesouro dos EUA pode pedir uma nova revisão até 7 de fevereiro de 2014 e deve ser capaz de continuar funcionando ainda por algumas semanas, usando medidas de emergência.
Orçamento
Negociações bipartidárias entre congresso e senado passam a valer para reduzir o déficit orçamentário, que deverá ser concluído até 13 de dezembro. Qualquer acordo deve ser aprovado por ambas as casas.
O que o acordo não inclui:
Sequestro
Os cortes automáticos em todo o board iniciados em março não foram levantadas. A próxima rodada de cortes devem entrar em vigor em janeiro, quando as medidas temporárias “vencem”. Sua remoção é esperada como uma parte chave das negociações orçamentais.
Obamacare
O Affordable Care Act, assinatura da legislação de saúde do presidente Barack Obama que os republicanos esperavam mudar em troca de elevar o teto da dívida e reabrir o governo, sobrevive em grande parte ilesa. A única mudança: medidas para confirmar os rendimentos de alguns beneficiários de subsídios do governo para o seguro de saúde.