sexta-feira, 1 de novembro de 2013

POLÍTICA INTERNACIONAL - Obama e Hollande em queda.

 

Obama e Hollande atingem mínimos históricos de aprovação


Em meio à insatisfação profunda e generalizada frente ao sistema político estadunidense, a aprovação do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, atingiu um novo mínimo histórico, de acordo com uma pesquisa feita pelo jornal The Wall Street e a cadeia televisiva NBC News. Do outro lado do Atlântico, o presidente François Hollande, da França, também perdeu popularidade, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal Le Monde, nesta quinta-feira (31/10).


AP
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Obama atinge níveis históricos de desaprovação.
Obama perdeu 5% de aprovação no mês de outubro, de acordo com a pesquisa, e chegou a 42% de aprovação, a pior cifra desde que assumiu o poder, em 2009. Já o otimismo relativo ao governo ficou em 30%, o menor em 40 anos.

Mais de 50% dos entrevistados valoraram negativamente a gestão do presidente democrata, e a queda da popularidade é atribuída a uma série de contratempos enfrentados recentemente.

Entre os principais estão a ameaça impulsiva e agressiva de intervenção militar na Síria, cuja iminência, por vários dias, se opunha às tentativas de negociação política e dos empenhos diplomáticos de países como a Rússia, diretamente, e de outros líderes mundiais.

Além disso, o encerramento das atividades do Executivo estadunidense, devido a uma disputa política entre democratas e republicanos, também teve impacto sobre a administração Obama. As negociações sobre o teto da dívida pública do país (já em exorbitantes 16,7 trilhões de dólares, atingidos diversas vezes neste ano) e o combate contra a reforma da saúde elaborada por Obama eram os pontos mais altos da agenda republicana, que travou o governo, segundo analistas nacionais, para fazer a chantagem.

A acusação global contra o programa de espionagem também é outro fator com grande impacto na queda de popularidade do governo. Membros da Organização das Nações Unidas, e mais especificamente, até da União Europeia, sua aliada, rechaçaram contundentemente a atividade e colocaram os Estados Unidos em uma posição complicada. Obama teve que afirmar, de forma arrogante, a sua política imperialista, expondo a percepção retrógrada que seu governo ainda tem sobre o mundo.

Desaprovação francesa
A pesquisa do instituto TNS Sofres, publicada pelo Le Figaro Magazine, revelou que só 21% dos franceses demonstra confiança em François Hollande, o que além de ser um nível baixo, representa uma queda de dois pontos percentuais desde a pesquisa anterior, realizada em setembro.

Entre a esquerda, 48% dos entrevistados demonstrou descontentamento com o presidente francês, principalmente quando o seu uso político desta bandeira se demonstra cada vez mais demagógico. Hollande entregou o país às pressões dos credores pelas “medidas de austeridade” disseminadas pela Europa, traduzidas em cortes sociais e arroxo salarial, entre outras perdas graves para os trabalhadores.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault também teve a mesma tendência: perdeu dois pontos percentuais e ficou com 22% de aprovação. 

Esses resultados fizeram com que Hollande se classifique como presidente mais impopular da Quinta República francesa, inaugurada em 1958.

A queda do apoio ao mandatário está diretamente relacionada com a crise econômica aguda pela qual passa o país, o aumento exponencial do número de desempregados e dos impostos e as medidas de austeridade, que alegadamente visam reduzir o déficit do orçamento.

Com agências,
Da redação do Vermelho

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