Fundo e banco dos países que compõem bloco BRICS podem ser criados em julho
Em seu artigo “Os BRICS no Rio”, publicado em O Globo de hoje, o economista Paulo Nogueira Batista Jr. expõe, uma importante agenda que, certamente, o ex-ministro José Dirceu gostaria de poder comentar aqui com vocês, no Blog: a construção do arranjo contingente de reservas (CRA em inglês) entre os BRICS – em outras palavras, uma espécie de “Fundo Monetário” entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, os cinco componentes do bloco. Nogueira Batista está no Rio, tratando com representantes dos outros quatro BRICS, da criação desse CRA.
Da ordem US$ 100 bi, o montante do CRA começa a se constituir num “pool virtual de reservas” que pode ser acionado pelos países membros quando as coisas apertarem. Paralelamente, lembra Nogueira Batista, o Banco de Desenvolvimento dos BRICS também está sendo criado. A ideia é que os acordos e acertos que formam ambos – fundo e banco – estejam prontos para serem assinados em julho próximo, quando da Cúpula dos Líderes dos BRICS em Fortaleza.
Por que isso é importante? O economista lembra que é a primeira vez que os BRICS criam mecanismos operacionais conjuntos (um fundo e um banco) – “uma vitória importante” comemora Nogueira Batista. E, enfatiza o economista, há um aspecto fundamental ainda, o fato desses acordos serem um “passo significativo na direção de um mundo mais multipolar”.
“O BRICS (bloco) não está conformado com a atual governança internacional”, complementa Nogueira Batista, destacando que os países membros que constituem o bloco são “economias emergentes, de grande porte econômico, territorial e populacional que têm condições de atuar com autonomia”.
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