Fidel pede aos jovens lutarem para evitar uma guerra nuclear.
O comandante-em-chefe Fidel Castro assegurou hoje, 2 de setembro, que é possível vencer na grande batalha por preservar o mundo duma contenda nuclear que resultaria em seu fim, e defender o direito de todos os seres humanos a viver.
A ponto de completar-se 65 anos de seu ingresso no ensino superior, o líder cubano retornou à Universidade de Havana, onde, como já ele disse outras vezes e reafirmou nesta manhã, tornou-se revolucionário e descobriu seu verdadeiro destino, e dali instou novamente a governos e povos a salvarem a paz, a vida e o futuro.
"O tempo de que dispõe a Humanidade para travar esta batalha é incrivelmente limitado", advertiu o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, referindo-se ao perigo real e iminente de outra guerra no Oriente Médio, cujas consequências para o mundo são imprevisíveis e podem ser catastróficas.
Envergando roupa verde-oliva, aos pés do monumento à Alma Máter e perante uma entusiástica multidão que lotou a histórica escada e suas proximidades, Fidel leu sua mensagem aos estudantes universitários de Cuba, que é também um apelo a lutar contra aqueles que impuseram ao mundo um sistema que ameaça hoje a sobrevivência mesma do planeta e da espécie humana.
"Estamos aqui para convencer, dissuadir e evitar uma guerra que fará finita a esperança, para demonstrar que o amor à vida é devoção de todos", afirmou por seu lado a presidenta da Federação Estudantil Universitária (FEU), de Cuba, Maydel Gómez Lago.
"Até o último minuto estaremos exigindo o direito à vida, não queremos morrer desta maneira absurda, queremos tornar realidade nossos sonhos", enfatizou a jovem. E apelando ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exigiu-lhe fazer uso da faculdade que tem de impedir que em poucos dias a guerra seja o drama de todos.
Aos universitários do mundo inteiro instou a aderirem a esta luta e expressou: "Temos o direito de lutar por nosso futuro, temos o dever de construí-lo. Ainda estamos a tempo. Lutemos pela paz, a vida não perdoará que façamos menos".
O diretor da revista Alma Máter, voz dos universitários cubanos, Yoerky Sánchez Cuéllar, falou também, mas em versos, para exigir do inquilino da Casa Branca, não só que não puxe o gatilho, mas também a destruição de todas as armas nucleares.
"O senhor deve escutar Fidel, que não está sendo alarmista e tampouco catastrofista, mas que vê que este mundo pode sumir num segundo se a paz não for conquistada", refletiu em décimas o jovem, também deputado à Assembleia Nacional do Poder Popular.
"Cá estamos, comandante cá está sua juventude que sente a gratidão de vê-lo tão saudável, de escutá-lo a cada instante, de ler suas Reflexões, de conhecer as razões pelas quais está preocupado e de tê-lo acompanhado nestas novas missões", concluiu.
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