Welinton Naveira e Silva
De acordo com Graça Foster, presidente da Petrobras, a marca de 300 mil barris por dia foi atingida apenas sete anos após a primeira descoberta. No Golfo do México, foram necessários 17 anos para se atingir uma produção significativa, enquanto na Bacia de Campos, levamos 11 anos.
A concessionária vencedora do leilão de Libra terá que repassar à União uma parte do óleo que produzir. Por isso o regime é chamado de partilha. Vence a licitação quem oferecer a maior fatia de produção à União. Terá que pagar um bônus de R$ 15 bilhões à União.
A Petrobras e a Pré-Sal, por lei participam de todas as operações do pré-sal. O governo terá uma participação total de 75% na receita do projeto. Isso inclui 40% do lucro do petróleo (o que sobra do valor de cada barril quando são descontados os custos de produção e royalties).
A empresa vencedora faz a exploração por sua conta e risco. Se achar petróleo, será remunerada em petróleo pela União por seus custos. Além disso, receberá mais uma parcela, que é seu ganho. O restante fica para a União.
EDUCAÇÃO E SAÚDE
Pela lei nova lei, 75% dos royalties do petróleo serão destinados para a educação e 25% para a saúde. A legislação ainda prevê que 50% do Fundo Social do Pré-Sal também devem ir para as áreas da educação e saúde.
A verba oriunda da exploração petrolífera deverá alcançar R$ 19,96 bilhões em 2022 e totalizará R$ 112,25 bilhões em uma década, estima o governo.
Das informações acima, percebe-se o bilionário negócio do Campo de Libra. Por detrás dessa gigantesca oportunidade, reúnem poderosas elites, internas e externas, em busca de lucros e ganhos, pouco a ver com os legítimos interesses econômicos do Brasil. Para piorar, sob a regência da grande mídia livre, bem ao gosto e sabor dessas elites.
Trata-se de bilionário negócio com inúmeras implicações, oportunidades de empregos, tecnologias e mercados, envolvendo nossa importante indústria naval, e todas as demais indústrias e empresas ligadas à extração, produção de petróleo, de gás e de derivados.
Por outro lado, o Brasil não pode ficar postergando o combate à miséria que ainda afeta milhões de brasileiros. Temos ainda que investir muito pesado em saúde, educação, ciência, tecnologia e defesa. Tudo, com muita transparência e competência.
Por conta dos interesses das elites, torna-se impossível reunir consagrados engenheiros e economistas visando discussão ampla e abrangente , via TV, sobre todas as implicações, vantagens e desvantagens do leilão de Libra. E o povão vai ficando apenas com fragmentos do assunto. Lamentável.
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