A manchete está na coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo (26/09). “Nunca a mídia foi tão ostensiva para subjugar um juiz”. E diz respeito ao voto soberano do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. O desabafo do ministro foi feito ao jornalista José Reiner, editor do Jornal Integração, de Tatuí (SP). Ele reclamou que recebeu críticas, ANTES mesmo de votar a favor dos embargos infringentes, um direito dos acusados no julgamento dom mensalão.
Mônica Bergamo destacou alguns trechos das afirmações de
Celso de Mello, o decano do STF: “Há alguns que ainda insistem em dizer que não
fui exposto a uma brutal pressão midiática. Basta ler, no entanto, os artigos e
editoriais publicados em diversos meios de comunicação (os mass media) para se
concluir diversamente. É de se registrar que essa pressão, além de inadequada e
insólita, resultou absolutamente inútil”.
O ministro Celso de Mello confirmou à Folha de S. Paulo tudo
que disse ao Jornal Integração. “Nada impede que se critique ou expresse seu
pensamento. O que não tem sentido é pressionar o juiz” (...) “foi algo incomum,
eu, honestamente, em 45 anos de atuação na área jurídica, como membro do
Ministério Público e juiz do STF, nunca presenciei um compportamento tão
ostensivo dos meios de comunicação sociais, buscando, na verdade, pressionar e
virtualmente subjugar da consciência de um juiz” (...) essa tentativa é
extremamente grave” (...) “e traz riscos, é muito perigoso qualquer ensaio que
busque subjugar o magistrado, sob pena de frustração das liberdades
fundamentais reconhecidas pela Constituição”.
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