quinta-feira, 3 de outubro de 2013

EUA - Em "shutdown".


Pouco antes da meia-noite de ontem, 30, Sylvia Mathews Burwell, a diretora-geral do orçamento da Casa Branca deu ordens às agências federais para o início do processo de suspensão de serviços públicos federais não essenciais. O processo de shutdown acontece pela primeira vez em  17 anos. Com isso, cerca de 800 mil funcionários federais entrarão em licença não remunerada e cerca de um milhão poderão trabalhar sem receber. Segundo a consultora Macroeconomic Advisors, uma suspensão de duas semanas poderá “cortar” 0,3 pontos percentuais no PIB.
A decisão da Casa Branca foi tomada pouco antes do limite da meia-noite de 30 de setembro para que o Congresso chegasse a uma resolução de continuação do financiamento do governo, que entrou em novo ano fiscal nesta terça, 1º  de outubro. Os republicanos na Câmara, onde detêm a maioria, continuaram a bloquear o acordo, exigindo o adiamento  por um ano da lei de cuidados de saúde – conhecida como Obamacare, que faz com que todo  cidadão americano tenha um seguro saúde. A partir de hoje, milhões de cidadãos americanos que não dispõem de seguro de saúde vão poder inscrever-se num site federal para disporem a partir de 2014 de um seguro subvencionado.
A diretora-geral do orçamento espera que o Congresso nos próximos dias consiga chegar a um acordo que permita a continuação do financiamento da atividade federal até que as negociações entre republicanos e democratas permitam aprovar um orçamento para o resto do ano.  O impasse antecipa outra batalha entre os dois partidos em meados deste mês. No dia 17, o Tesouro terá só US$ 30 bilhões para fazer frente a US$ 60 bilhões de despesas diárias. Para continuar o fluxo de caixa, o Congresso precisará elevar o teto de endividamento, de US$ 16,7 trilhões.
Em 1996, durante o governo Clinton, ocorreu o anterior processo de  shutdown, que durou 28 dias. Era, então, presidente da Câmara de Representantes o republicano Newt Gingrich.

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