Em um hospital público na província de Urfa, no sudeste da
Turquia, fileiras de guerrilheiros de oposição sírios fitam o teto por
horas a fio. Alguns afirmam que eles foram feridos em uma sangrenta (e
pouco notada) batalha contra os curdos, povo que é reprimido pelos
sírios há muito.
Os curdos, que assumiram o controle de várias cidades e vilas no nordeste da Síria após os homens de Bashar Assad, o presidente do país, as abandonarem há um ano, insistem no fato de que são vítimas de uma guerra colateral que está sendo orquestrada pela Turquia por meio do apadrinhamento de rebeldes sírios. Estes supostamente incluem guerrilheiros estrangeiros do Jabha al-Nusra, “A Frente de suporte para o povo da Síria” e do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, a milícia radical islâmica que conquistou notoriedade global devido a seus métodos brutais.
“Os turcos removeram as minas, cortaram as cercas de arame farpado e permitiram que essas gangues armadas cruzassem a fronteira turca”, reclama Saleh Muslim, líder do Partido da Unidade Democrática, o grupo curdo-sírio que administra o enclave, na prática autônomo, curdo. Um rebelde sírio que batalha os curdos contou ao nosso correspondente “Alá seja louvado, a Turquia está nos dando algumas armas” embora tenha acrescentado que a França e a Arábia Saudita são muito mais generosas.
Líderes turcos negam ter qualquer coisa a ver com a batalha e dizem que as afirmações de Muslim de que o seu grupo está lutando contra extremistas muçulmanos têm a intenção de conquistar a simpatia do Ocidente. No entanto alegações de cumplicidade da Turquia estão se espalhando pela região de fronteira.
Medidas do Governo
O primeiro-ministro da Turquia anunciou nesta segunda-feira um aguardado pacote de propostas destinado a reformas democráticas, incluindo a suspensão de algumas restrições no uso da linguagem curda e na vestimenta islâmica.
O anúncio do pacote de reformas foi adiado inúmeras vezes enquanto os diálogos com a minoria curda estão paralisados. Os grupos curdos exigem que Erdogan vá mais longe na suspensão de restrições do uso de sua linguagem, para que as crianças curdas possam ter o direito de ser educadas em sua língua nativa.
A proposta de Erdogan permitiria que escolas privadas tivessem algumas aulas em curdo. As reformas também permitiriam que as letras “q”, “w” e “x”, que fazem parte do alfabeto curdo mas não do turco, fossem usadas em documentos oficiais.
Era esperado que Erdogan, por exemplo, anunciasse a reabertura do seminário grego ortodoxo Halki, em Istambul, que foi fechado por autoridades turcas há mais de 40 anos. A escola, localizada em uma ilha do Mar de Marmara, treinou gerações de patriarcas ortodoxos gregos até seu fechamento em 1971.
A manutenção do fechamento do seminário, apesar de ser uma questão com pouca repercussão doméstica, é um problema que deverá provocar repercussões na Europa e nos EUA. O presidente Barack Obama, deputados dos EUA e da União Europeia, que pressionam a Turquia para melhorar seus direitos religiosos, pediram ao governo turco que permitissem que o seminário voltasse a funcionar.
Os curdos, que assumiram o controle de várias cidades e vilas no nordeste da Síria após os homens de Bashar Assad, o presidente do país, as abandonarem há um ano, insistem no fato de que são vítimas de uma guerra colateral que está sendo orquestrada pela Turquia por meio do apadrinhamento de rebeldes sírios. Estes supostamente incluem guerrilheiros estrangeiros do Jabha al-Nusra, “A Frente de suporte para o povo da Síria” e do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, a milícia radical islâmica que conquistou notoriedade global devido a seus métodos brutais.
“Os turcos removeram as minas, cortaram as cercas de arame farpado e permitiram que essas gangues armadas cruzassem a fronteira turca”, reclama Saleh Muslim, líder do Partido da Unidade Democrática, o grupo curdo-sírio que administra o enclave, na prática autônomo, curdo. Um rebelde sírio que batalha os curdos contou ao nosso correspondente “Alá seja louvado, a Turquia está nos dando algumas armas” embora tenha acrescentado que a França e a Arábia Saudita são muito mais generosas.
Líderes turcos negam ter qualquer coisa a ver com a batalha e dizem que as afirmações de Muslim de que o seu grupo está lutando contra extremistas muçulmanos têm a intenção de conquistar a simpatia do Ocidente. No entanto alegações de cumplicidade da Turquia estão se espalhando pela região de fronteira.
Medidas do Governo
O primeiro-ministro da Turquia anunciou nesta segunda-feira um aguardado pacote de propostas destinado a reformas democráticas, incluindo a suspensão de algumas restrições no uso da linguagem curda e na vestimenta islâmica.
O anúncio do pacote de reformas foi adiado inúmeras vezes enquanto os diálogos com a minoria curda estão paralisados. Os grupos curdos exigem que Erdogan vá mais longe na suspensão de restrições do uso de sua linguagem, para que as crianças curdas possam ter o direito de ser educadas em sua língua nativa.
A proposta de Erdogan permitiria que escolas privadas tivessem algumas aulas em curdo. As reformas também permitiriam que as letras “q”, “w” e “x”, que fazem parte do alfabeto curdo mas não do turco, fossem usadas em documentos oficiais.
Era esperado que Erdogan, por exemplo, anunciasse a reabertura do seminário grego ortodoxo Halki, em Istambul, que foi fechado por autoridades turcas há mais de 40 anos. A escola, localizada em uma ilha do Mar de Marmara, treinou gerações de patriarcas ortodoxos gregos até seu fechamento em 1971.
A manutenção do fechamento do seminário, apesar de ser uma questão com pouca repercussão doméstica, é um problema que deverá provocar repercussões na Europa e nos EUA. O presidente Barack Obama, deputados dos EUA e da União Europeia, que pressionam a Turquia para melhorar seus direitos religiosos, pediram ao governo turco que permitissem que o seminário voltasse a funcionar.
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