Vai tentar e brigar para ser. A presidente da República. Em 2014. Esse é o fato político do dia que a mídia esconde, nem sei o porquê, mas não tem outro sentido suas afirmações de ontem, em Brasília, quando Serra avisa: “Eu não me aposentei da política. Muito pelo contrário.” E quando reforça: “Estou disponível para o partido para o que ser e vier”.
Para ele não existe aquela candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG), lançada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso há quase um ano contra a dele (Serra). Há dias José Serra repete este mantra que a definição sobre a corrida presidencial dentro do PSDB será só em 2014. Mantra repetido ontem, em Brasília, quando proclamou: “A questão no PSDB, anunciada pelo Aécio, vai ser decidida em março. Tudo foi exageradamente antecipado”.
Serra candidatíssimo, este é o fato político do dia, junto com a profunda divisão dentro da Rede com a decisão da ex-senadora Marina Silva, de ser candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada por seu mais novo parceiro, o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
É um racha e tanto, feio, na própria Rede
Não se entendem nem nas alianças regionais e muito menos sobre a agenda da campanha. E o pior, tampouco sobre quem será na dupla parceira o candidato ao Palácio do Planalto para disputar com a presidenta Dilma Rousseff – Marina Silva ou Eduardo Campos.
A mídia em geral abriu um generoso e despudorado para Marina Silva. Seus escribas, alguns descaradamente de oposição e algumas (colunistas) tucanas declaradas e assumidas, estão num esforço concentrado para alavancar, de qualquer maneira, num vale tudo, a candidata da Rede para a cabeça da chapa. Estão cientes do fracasso do senador Aécio Neves (PSDB-MG) como candidato ao Planalto e da profunda divisão do PSDB.
Esse é o cenário de hoje para quem, no futuro, for escrever a biografia dos atuais candidatos a presidente da República. Ou, para quem for escrever sobre os que quase foram…
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