quarta-feira, 1 de julho de 2015

ECONOMIA - Como o "Tisa" pode mexer na economia mundial.

Saiba como o acordo global de comércio Tisa pode mexer na economia do planeta

  


Pelo menos 51 países estão discutindo em segredo, desde 2013, um acordo global de comércio que, se entrar em vigor, pode mudar radicalmente a estrutura da economia do planeta. O Tisa (Trade in Services Agreement, na sigla em inglês) tem como princípio direto provocar uma liberalização inédita dos agentes econômicos, com consequências financeiras e sociais enormes, sobretudo para os países do sul.
Os termos em negociação são conhecidos porque o Wikileaks realizou o vazamento uma versão no início de junho. Estados Unidos, a União Europeia, e 22 outras nações, incluindo Canadá, México, Austrália, Israel, Coreia do Sul, Japão, Noruega, Suíça, Turquia, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá e Peru e Uruguai estão nas negociações. Doze dos países do G20 – o grupo das vinte economias mais importantes do planeta – estão representadas, mas cabe ressaltar que nenhum dos BRICS – a sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – foi incorporado nas conversas.
Se for concluído, o acordo deve liberalizar o comércio global de serviços, numa definição bem ampla, que engloba o transporte aéreo e marítimo, e-commerce, telecomunicações, contabilidade, engenharia, consultoria, saúde, e educação privada. A ideia é acabar com toda a regulamentação, seja ao nível nacional, provincial ou local. Veja mais informações sobre o acordo nesta matéria do Opera Mundi. O texto explica por que o Tisa deve beneficiar principalmente os Estados Unidos e como, apesar de exigir transparência dos países no que se refere a regulamentação de atividades privadas, é uma grande manobra antitransparência.

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