A investida cínica do UOL contra os sites independentes. Por Paulo Nogueira
Fernando Rodrigues tem dupla personalidade como colunista.
Contra poderosos, fala baixo. Ele teve acesso à lista de brasileiros do HSBC e protagonizou um dos maiores vexames do jornalismo brasileiro.
Não fez nada.
Era uma oportunidade de lançar luzes sobre o dramático drama da sonegação no Brasil, mas ele amarelou, sob desculpas patéticas.
Imagino que a presença de seus patrões, os Frias, na lista tenha contribuído para a paúra com que tratou – não tratou, melhor – o caso HSBC.
Medroso com os poderosos, FR é valente contra sites independentes que lutam extraordinariamente por duas coisas.
A primeira é oferecer à sociedade uma contrapartida à brutal desonestidade que caracteriza o jornalismo das grandes companhias, voltadas 100% para a defesa de seus próprios interesses econômicos.
Fazem agora o que fizeram em 1954 e 1964: manipulam descaradamente o noticiário para sabotar governos populares.
A segunda batalha dos sites independentes é pela sobrevivência. Se as corporações como a Globo e a Abril sempre viveram de privilégios e mamatas públicas, os sites vivem em circunstâncias extremamente desafiadoras.
São os bilhões contra os centavos.
O Estado é uma eterna babá das empresas jornalísticas. Bilhões em publicidade jorram, sempre, de todos os lados: governo federal, governos estaduais e prefeituras.
(Durante muito tempo, quando os anunciantes já conseguiam grandes descontos na tabela de publicidade da mídia, apenas os governos pagavam preço cheio, num assalto sórdido ao dinheiro público.)
Não é apenas publicidade. Recursos públicos foram e são constantemente encaminhados a editoras como a Globo e a Abril pelo expediente da compra de livros e assinaturas de revistas.
Ainda hoje, o governo de São Paulo compra um lote de Vejas para escolas – e relatos contam que, presumivelmente, os exemplares sequer são tirados do plástico que os embala. Os jovens estudantes consomem notícias apenas na internet.
Sem contar financiamentos públicos. A Abril, num ano em que teve lucros recordes, mordeu um empréstimo de mais de 20 milhões de reais no BNDES para uma reforma em seu controle tecnologógico de assinantes.
Numa escala muito acima, a gráfica da Globo que é hoje um elefante branco foi financiada pelo BNDES. Na inauguração, FHC e Roberto Marinho, num retrato icônico da plutocracia nacional e seus servos, apareceram numa foto que dizia que a gráfica antecipava o novo século.
A Globo não estava vendo a internet, e quando a década de 90 já avançava.
É pouca regalia? Então saiba que as empresas de jornalismo não recolhem impostos sobre o papel que usam em jornais e revistas, como se seu negócio fosse beneficiente.
Sites independentes, ao contrário, não têm moleza nenhuma.
Vivem, basicamente, de leitores inconformados com o conteúdo das grandes corporações.
São responsáveis pela pluralidade de informações que chegam à sociedade – e para fazer isso se esforçam epicamente para pagar as contas no final do mês.
Pois é contra estes sites que Fernando Rodrigues tem investido com a valentia que lhe faltou no Swissleaks.
Ele – ou seus patrões – parece querer intimidar o governo federal para que não coloque nenhum anúncio nos sites independentes.
O ridículo se estampa nas cifras.
Todo o dinheiro publicitário federal posto em sites independentes, em 2014, não chegou a 10 milhões de reais.
Apenas a TV Globo – com sua audiência despencando e com seu conteúdo indigente no entretenimento e desinformador no jornalismo – levou mais de 600 milhões de reais.
FR apresentou números que mostram, supostamente, que o governo federal faria melhor negócio anunciando no UOL.
Só não disse que a audiência do UOL é inflada por sites pornográficos.
Sobre o tamanho do público que anseio por um jornalismo longe de empresas como a Globo, a Abril e a Folha, temos no DCM uma história a contar.
Em menos de três anos, saímos de quase nada para exatamente 3, 5 milhões de visitantes únicos por mês, segundo o Google Analytics, um medidor absolutamente confiável.
Isso sem muletas como a pornografia do UOL.
Em junho de 2013, marco zero no DCM, foram 100 mil visitantes únicos. O que significa um crescimento de 35 vezes e avançando – ao contrário do UOL e demais portais, aliás, que vão se tornando dinossauros pelo volume caótico de coisas que publicam.
Fernando Rodrigues e seus patrões gostariam que os sites independentes não existissem.
Mas o público parece ter outra opinião, e o DCM é uma de várias provas ao lado de sites como o Conversa Afiada, o GGN e o 247.
Contra poderosos, fala baixo. Ele teve acesso à lista de brasileiros do HSBC e protagonizou um dos maiores vexames do jornalismo brasileiro.
Era uma oportunidade de lançar luzes sobre o dramático drama da sonegação no Brasil, mas ele amarelou, sob desculpas patéticas.
Imagino que a presença de seus patrões, os Frias, na lista tenha contribuído para a paúra com que tratou – não tratou, melhor – o caso HSBC.
Medroso com os poderosos, FR é valente contra sites independentes que lutam extraordinariamente por duas coisas.
A primeira é oferecer à sociedade uma contrapartida à brutal desonestidade que caracteriza o jornalismo das grandes companhias, voltadas 100% para a defesa de seus próprios interesses econômicos.
Fazem agora o que fizeram em 1954 e 1964: manipulam descaradamente o noticiário para sabotar governos populares.
A segunda batalha dos sites independentes é pela sobrevivência. Se as corporações como a Globo e a Abril sempre viveram de privilégios e mamatas públicas, os sites vivem em circunstâncias extremamente desafiadoras.
São os bilhões contra os centavos.
O Estado é uma eterna babá das empresas jornalísticas. Bilhões em publicidade jorram, sempre, de todos os lados: governo federal, governos estaduais e prefeituras.
(Durante muito tempo, quando os anunciantes já conseguiam grandes descontos na tabela de publicidade da mídia, apenas os governos pagavam preço cheio, num assalto sórdido ao dinheiro público.)
Não é apenas publicidade. Recursos públicos foram e são constantemente encaminhados a editoras como a Globo e a Abril pelo expediente da compra de livros e assinaturas de revistas.
Ainda hoje, o governo de São Paulo compra um lote de Vejas para escolas – e relatos contam que, presumivelmente, os exemplares sequer são tirados do plástico que os embala. Os jovens estudantes consomem notícias apenas na internet.
Sem contar financiamentos públicos. A Abril, num ano em que teve lucros recordes, mordeu um empréstimo de mais de 20 milhões de reais no BNDES para uma reforma em seu controle tecnologógico de assinantes.
Numa escala muito acima, a gráfica da Globo que é hoje um elefante branco foi financiada pelo BNDES. Na inauguração, FHC e Roberto Marinho, num retrato icônico da plutocracia nacional e seus servos, apareceram numa foto que dizia que a gráfica antecipava o novo século.
A Globo não estava vendo a internet, e quando a década de 90 já avançava.
É pouca regalia? Então saiba que as empresas de jornalismo não recolhem impostos sobre o papel que usam em jornais e revistas, como se seu negócio fosse beneficiente.
Sites independentes, ao contrário, não têm moleza nenhuma.
Vivem, basicamente, de leitores inconformados com o conteúdo das grandes corporações.
São responsáveis pela pluralidade de informações que chegam à sociedade – e para fazer isso se esforçam epicamente para pagar as contas no final do mês.
Pois é contra estes sites que Fernando Rodrigues tem investido com a valentia que lhe faltou no Swissleaks.
Ele – ou seus patrões – parece querer intimidar o governo federal para que não coloque nenhum anúncio nos sites independentes.
O ridículo se estampa nas cifras.
Todo o dinheiro publicitário federal posto em sites independentes, em 2014, não chegou a 10 milhões de reais.
Apenas a TV Globo – com sua audiência despencando e com seu conteúdo indigente no entretenimento e desinformador no jornalismo – levou mais de 600 milhões de reais.
FR apresentou números que mostram, supostamente, que o governo federal faria melhor negócio anunciando no UOL.
Só não disse que a audiência do UOL é inflada por sites pornográficos.
Sobre o tamanho do público que anseio por um jornalismo longe de empresas como a Globo, a Abril e a Folha, temos no DCM uma história a contar.
Em menos de três anos, saímos de quase nada para exatamente 3, 5 milhões de visitantes únicos por mês, segundo o Google Analytics, um medidor absolutamente confiável.
Isso sem muletas como a pornografia do UOL.
Em junho de 2013, marco zero no DCM, foram 100 mil visitantes únicos. O que significa um crescimento de 35 vezes e avançando – ao contrário do UOL e demais portais, aliás, que vão se tornando dinossauros pelo volume caótico de coisas que publicam.
Fernando Rodrigues e seus patrões gostariam que os sites independentes não existissem.
Mas o público parece ter outra opinião, e o DCM é uma de várias provas ao lado de sites como o Conversa Afiada, o GGN e o 247.
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