Eu como sou da geração de 40 estou bem familiarizado com esta palavrinha. O imperialismo mudou a cara mas permanece o mesmo.
Texto abaixo copiado do Blog Fazendo Média.
Há uma palavrinha maldita pelas corporações de mídia e por isso mesmo abolida de seu repertório: imperialismo. O sociólogo Gilberto Felisberto Vasconcellos, colunista de Caros Amigos, sempre chama a atenção para este “pequeno” detalhe. A estratégia é tão simples quanto eficiente. Ao se apagar a palavra da memória coletiva inibem-se as possibilidades de compreensão de seu significado histórico – bem como seus impactos na atualidade. Claro está que o imperialismo hoje assume faces diversas, mas sua essência permanece inalterada: a busca pelo controle das riquezas naturais onde quer que estejam. Os Estados Unidos são a potência imperialista hegemônica e para manter seu domínio investem em armamentos o mesmo valor investido por todas as outras nações juntas – são 750 bases e missões militares em nada menos que 128 países. Mas não só. Essa potente máquina de guerra é sustentada pelo controle do sistema financeiro e da produção imagética. É o que Vasconcellos chama de “capital videofinanceiro”. Como registra o cientista social Atílio Boron, em artigo publicado no livro A teoria marxista hoje: “O outro novo instrumento de dominação imperialista é o quase absoluto predomínio que os Estados Unidos adquiriram no crucial terreno da circulação das idéias e da produção de imagens audiovisuais. O imperialismo hoje se reforça com um imperialismo cultural, que através do enorme desenvolvimento dos meios de comunicação de massas torna possível a imposição das idéias e dos valores da sociedade norte-americana de forma tal que nenhuma das experiências imperiais anteriores pôde sequer sonhar. Cerca de três quartos das imagens audiovisuais que circulam pelo planeta são produzidas nos Estados Unidos, projetando deste modo uma imagem propagandística, e falta até a medula, do sistema e de suas supostamente ilimitadas capacidades para satisfazer todas as aspirações materiais e espirituais da humanidade. As conseqüências políticas desta realidade são profundas e de longa vida”. Seria o caso de perguntar aos militares onde nossa soberania começa a ser ameaçada: na Amazônia ou no Jardim Botânico?
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