A pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria(CNI), apresenta números que revelam que seria um êrro, da parte do Banco Central, insistir na necessidade de aumentar a taxa de juros Selic, no momento tão favorável dos indicadores econômicos. O crescimento de 5,3% nos investimentos para a produção de bens de capital, estão possibilitando a ampliação da capacidade instalada da indústria, no rítmo necessário para atender a demanda sem provocar pressão sobre a inflação. Além disso, a percentagem de utilização dessa capacidade instalada sofreu uma queda, na comparação dos dois primeiros meses deste ano. Passou de 83,1% em janeiro para 82,9 em fevereiro, apesar do faturamento real do setor ter sofrido um acréscimo de 1,5% no mesmo período.
Sabe-se também, que os reajustes salariais estão num nível inferior ou igual ao crescimento do PIB e da produtividade, não havendo dessa forma impacto nos preços.
O BNDS, só no ano passado, liberou recursos para a compra de 49 novas fábricas e 68 expansões.
Como se sabe, o bom momento por que passa a nossa economia tem como principal motor o aumento do consumo interno, estimulado pelo crédito mais acessivel às camadas populares, aliado à estabilidade da inflação e ao crescimento do emprego.Nunca é demais lembrar que de 2003 a 2007, foram criados quase 7 milhões de empregos com carteira assinada. Com relação aos salários, ocorreu um aumento de 46,7% no salário mínimo. A maior parte da população brasileira não pertence mais às classes miseráveis, tendo em vista que de 2006 para cá, 20 milhóes de brasileiros ingressaram na classe C. Felizes são os países que têm um mercado interno do tamanho do brasileiro. Só a China, Rússia e Índia, justamente os países do BRIC, acompanham o Brasil. São mais de 1 bilhão de potenciais consumidores, 12o milhões no nosso país.
Voltando a pesquisa da CNI, esta revela que as taxas de incremento da indústria nos últimos 12 meses, são as mais elevadas desde que estas pesquisas começaram. Com destaques para o crescimento mensal do faturamento e o de horas trabalhadas.
Como se vê, só notícias boas. A ruim, é a perspectiva do Banco Central, na próxima reunião do COPOM, vir aumentar os juros. Isto é o que mais preocupa, já que poderá trazer como consequência a redução de investimentos, não só na indústria como na economia como um todo.
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