Algo mudou: Dilma dá primeira entrevista para Record.
A primeira entrevista depois de eleita presidenta da República de Dilma Roussef foi para o Jornal da Record. Só depois a futura presidenta foi para o Jornal Nacional onde ficou à disposição da dupla Bonner e Fátima Bernardes.
Isso tem um importante significado na área de comunicação. O recado é: a Globo vai ser tratada apenas como mais uma emissora de televisão. E não como “a” emissora.
Esse sinal de Dilma dá alento à luta pela democratização das comunicações. Dilma pode também fazer algo que há tempos esse segmento espera, um ministro das Comunicações que não seja comprometido com o império das organizações Globo.
Há muitos nomes que podem ser escalados para essa missão. Na noite de ontem citei três no programa Democracia 48 horas: a deputada Luiza Erundina (PSB-SP); o eleito senador Walter Pinheiro (PT-BA) e o jornalista e atual ministro da secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins. O professor da UFRJ Marcos Dantas agregou a esses nomes o de deputado Jorge Bittar (PT-RJ) e a blogueira Maria Frô lembrou de outro deputado carioca do PDT, Brizola Netto.
Os cinco são excelentes nomes e certamente há outros que podem assumir o desafio de construir um novo cenário nesta área. O que não pode acontecer novamente é o ministério das Comunicações se tornar moeda de barganha e acabar caindo de novo no colo da Rede Globo.
Impedir que isso aconteça talvez seja a grande luta da sociedade civil democrática e progressista.
Não é admissível que depois de tudo que se viveu nesta última eleição, a Globo e os defensores do oligopólio nesta área continuem dando as cartas do jogo.
Fonte: Blog do Rovai
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