domingo, 10 de julho de 2011

EUA - "Ajuda" da USAID e CIA.

A OEA, a Usaid e a CIA "socorrem" a juventude latino-americana em grave risco

Jean-Guy Allard

"A quarta parte dos jovens de entre 15 e 29 anos da América Latina estão em grave risco de serem afetados pelo crime", advertiu a Organização dos Estados Americanos (OEA), ao concluir seu fórum sobre juventude e segurança em Washington, capital da nação que mantém o maior mercado de drogas do mundo.

O evento foi convocado por essa organização, velha criatura do governo dos Estados Unidos, juntamente com a Usaid e seu chefe para a América Latina, um veterano colaborador da CIA.

Embora nenhuma agência de imprensa o assinalasse, a Usaid foi o principal parceiro da OEA em seu show "humanitário", com a participação brilhante de Mark Feierstein, o administrador da América Latina e do Caribe dentro da Usaid, agência norte-americana de "ajuda internacional", de fato, um de seus mecanismos de inteligência e desestabilização mais ativo no mundo, desde o Iraque até a Venezuela.

O fórum teve como objetivo principal usar a OEA para divulgar a imagem algo alterada da Usaid na América Latina como "protetora" da juventude, quando esta mesma agência financia programas milionários de desestabilização em cada nação onde governos progressistas desenvolvem programas a favor desta mesma juventude, vítima da cultura do crime e da droga vinda do Norte.

A secretária de Estado estadunidense, Hillary Clinton, instou nesta conferência "empresários e classes privilegiadas" a assumirem "seu compromisso com a segurança" pagando impostos.

Em setembro passado, a administração Obama quis também melhorar a imagem de sua desprestigiada organização na América Latina, quando designou Feierstein como chefe desta seção da Usaid.

Este último se apresentou então como um "um especialista em inquéritos de opinião", sócio de Greenberg Quinlan Rosner, uma firma de comunicações.

Logo depois, soube-se que o "especialista" tinha participado durante sua carreira de um número considerável de atividades características dos órgãos de inteligência norte-americana.

Além disso, soube-se que se tinha preparado como estratega na campanha eleitoral do ex-presidente boliviano Gonzalo "Goni" Sánchez de Lozada, hoje reclamado por seu país por um massacre de camponeses e foragido, com a ajuda e abrigo do Departamento de Estado, nos Estados Unidos, junto a alguns ministros.

Nos anos de 1990, Feierstein esteve na Nicarágua, onde se desempenhou como "gerente" na operação suja realizada pela National Endowment for Democracy (NED), subsidiária da Usaid e cobertura da CIA. Reapareceu depois como assessor especial do embaixador dos EUA na OEA.

Já se disse que a Usaid não é outra coisa que uma agência a mais do aparelho de espionagem, ingerência e desestabilização dos Estados Unidos: é confirmado por muitos fatos que evidenciam como as supostas propostas de ajuda humanitária de Washington sempre têm como propósito oculto ajudar os diversos serviços de inteligência dos Estados Unidos.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou no fórum que a quarta parte dos cerca de 150 milhões de jovens da América Latina, ao redor de 38 milhões, "não frequenta a escola nem tem emprego estável".

Insulza assinalou que a OEA patrocina um projeto chamado "Armando Paz" com a Usaid, "para oferecer aos jovens atividades de desenvolvimento humano e cultural".

Acontece que a OEA desenvolve este projeto na América Central com a Fundação Trust for the Americas, empreiteira da Usaid. Esta "fundação" está estabelecida em Washington. Segundo seu site, seu conselho diretivo é integrado por representantes da OEA "e altos executivos das maiores empresas do hemisfério". Entre estes "benfeitores" da juventude latino-americana se encontram nada menos que a petroleira Chevron, Chrysler, FEDEC, General Electric, Microsoft, Siemens e até o Open Society Institute do magnata George Soros, velho parceiro da chamada "diplomacia subterrânea" estadunidense. Sem esquecer a NED, cobertura da CIA por excelência, de funesta reputação.

Empreiteira da Usaid, a "Trust" realiza atividades com sócios locais na Argentina, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru, e outros países.
Fonte: Gramna

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