Ex-artilheiro alemão promete caridade a brasileiros em 2014
Eliano Jorge
Do Rio de Janeiro
Quando era centroavante, Oliver Bierhoff anunciou que, por cada gol que marcasse pela Alemanha na Copa do Mundo de 1998, doaria 7.800 dólares para a Fundação Cidade-Mãe, da Prefeitura de Salvador, que atendia cerca de 5 mil crianças carentes na época.
Ele balançou as redes três vezes na França e cumpriu o acordo com os baianos. Hoje, como dirigente da Federação Alemã de Futebol, promete mais caridade a entidades filantrópicas brasileiras em 2014.
- Agora, temos o (Campeonato) Europeu, mas seguramente a federação pensa no que fará em 2014. Temos tempo ainda. Não sei (qual instituição), devemos ver - anunciou para Terra Magazine o artilheiro da Série A da Itália de 1998 pela Udinese.
Logo após a cerimônia do sorteio dos confrontos das Eliminatórias, no Rio de Janeiro, ele admitiu o contentamento dos alemães por terem que encarar Suécia, Irlanda, Áustria, Ilhas Faroe e Cazaquistão no caminho ao Mundial.
- Estamos satisfeitos com o grupo.
Sobre a chave da rival Itália, que jogará contra dinamarqueses, tchecos, búlgaros, armênios e malteses, Bierhoff palpitou:
- Talvez equilibrada. Dinamarca e República Tcheca possuem tradição, mas ultimamente não vêm bem. A Itália será favorita, porém é sempre difícil jogar na Dinamarca com o ambiente e o entusiasmo que têm lá.
O italiano Fabio Capello, que comanda a seleção inglesa, demonstrou mais confiança na Azzurra:
- À Itália, coube um bom grupo. Forte? Não. Se o time está bem, pode jogar e vencer. Se não está bem, torna-se difícil qualquer grupo.
Na hora de medir os obstáculos da seleção inglesa, ele se mostrou menos assertivo.
- Conhecemos duas equipes: Montenegro, que precisamos vencer para nos classficarmos (à Eurocopa de 2012), e Ucrânia, contra a qual já jogamos pelas Eliminatórias de 2010. Depois tem a Polônia, que está melhorando - analisou Capello, sem gastar sua saliva com as frágeis Moldávia e San Marino.
Em Londres, os montenegrinos seguraram o 0 a 0. Atualmente empatados em número de pontos, receberão a visita dos ingleses na última rodada do qualificatório continental, em 7 de outubro.
Pela seletiva de 2010, os ucranianos perderam por 2 a 1 na Inglaterra e venceram em casa por 1 a 0. Acabaram na segunda posição do grupo e definharam na repescagem, contra a Grécia.
Silêncio sobre Furacão
Capitão e eleito craque no título de 1990, o alemão Lotthar Matthäus, que dirige a Bulgária, resignou-se com a hierarquia do grupo B.
- A favorita é a Itália. As outras vão jogar pelo segundo lugar - comentou o ex-jogador de cinco Mundiais.
Questionado sobre voltar, em 2014, à Arena da Baixada, onde treinou o Atlético Paranaense, Matthäus desconversou:
- Desculpe, isso é de cinco anos atrás, estou pensando no futuro. Foi um tempo bonito, apenas breve.
Uma de cada vez
Escolhida para receber o Mundial de 2018, a Rússia tratou de se promover com um estande no centro de mídia montado na Marina da Glória.
Treinador dos russos, o holandês Dick Advocaat destacou no seu grupo o favoritismo de Portugal, descrito como uma das melhores equipes do mundo.
- Porém, acho que, num bom dia, a Rússia pode batê-lo - opinou, sem se aprofundar nos demais adversários: Israel, Irlanda do Norte, Azerbaijão e Luxemburgo.
Ele não comentou a missão de evitar que a anfitriã de 2018 se ausente na Copa anterior. Primeiro, se atém à Eurocopa de 2012.
- Eu não espero por algo tão distante. São coisas diferentes. O alvo agora é o Campeonato Europeu. Depois, recomeça a preparação para a Copa do Mundo - declarou Advocaat.
Eliminado pela França em 1998 e 2006, Ronaldo "vinga-se", mandando os azuis para o grupo da poderosa Espanha, no sorteio (foto: Reuters)
Ex-volante espanhol que defendeu a seleção francesa, Luis Fernández, treinador de Israel, não ficou nada feliz com o sorteio que colocou França e Espanha no mesmo grupo.
- Depende de como a Espanha vai se sair nos próximos anos. A França necessita voltar e ganhar os jogos. Com (o treinador francês Laurent) Blanc e os novos jogadores, pode ir bem - avaliou.
Fernández, porém, fez um alerta sobre um adversário aparentemente inofensivo:
- Mas cuidado com a Geórgia! Não é que ela vai se classificar, mas pode tirar pontos (de França e Espanha) - avisou o responsável por encerrar a disputa de pênaltis que eliminou o Brasil nas quartas de final da Copa de 1986.
A alguns metros dali, Laurent Blanc confessava o favoritismo dos atuais campeões mundiais na chave que ainda inclui Bielorrússia, Geórgia e Finlândia.
- É a melhor equipe do mundo. O futebol espanhol domina o futebol europeu, o futebol mundial. Será difícil - afirmou o zagueiro da seleção consagrada em casa no Mundial de 1998
Fonte: Terra Magazine.
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