''É recomendável que os fiéis comunguem na boca e de joelhos'', afirma cardeal da Cúria Romana
Em entrevista concedida à ACI Prensa, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, o cardeal Antonio Cañizares Llovera, assinalou que os católicos devem comungar na boca e de joelhos. Assim indicou o purpurado espanhol que serve na Santa Sé como responsável máximo, depois do Papa, da liturgia e dos sacramentos na Igreja católica, ao ser consultado sobre se é recomendável que os fiéis recebam ou não a comunhão na mão.
A reportagem está publicada no sítio ACI Prensa, 27-07-2011. A tradução é do Cepat.
A resposta do cardeal foi breve e simples: “é recomendável que os fiéis comunguem na boca e de joelhos”.
Assim mesmo, ao responder sobre o costume instaurado pelo Papa Bento XVI de fazer com que os fiéis recebam dele a Eucaristia o façam na boca e de joelhos, o cardeal Cañizares disse que isso se deve “ao sentido que deve ter a comunhão, que é de adoração, de reconhecimento de Deus”.
“É simplesmente saber que estamos diante do próprio Deus e que Ele veio a nós e que nós não o merecemos”, afirmou.
O cardeal disse também que comungar desta forma “é o sinal de adoração que é preciso recuperar. Eu creio que é necessário para toda a Igreja que a comunhão se faça de joelhos”.
“De fato – acrescentou –, quando se comunga de pé, é necessário fazer uma genuflexão, ou fazer uma inclinação profunda, coisa que não se faz”.
O Prefeito vaticano disse, além disso, que “se trivializarmos a comunhão, trivializamos tudo, e não podemos perder um momento tão importante como é comungar, como é reconhecer a presença real de Cristo ali presente, do Deus que é o amor dos amores, como cantamos numa música espanhola”.
Ao ser consultado pela ACI Prensa sobre os abusos litúrgicos em que incorrem alguns atualmente, o cardeal disse que é necessário “corrigi-los, sobretudo mediante uma boa formação: formação dos seminaristas, dos sacerdotes, dos catequistas e de todos os fiéis cristãos”.
Esta formação, explicou, deve fazer com que “se celebre bem, para que se celebre conforme as exigências e dignidade da celebração, conforme as normas da Igreja, que é a única maneira que temos de celebrar autenticamente a Eucaristia”.
Finalmente, o cardeal Cañizares disse que nesta tarefa de formação para celebrar bem a liturgia e corrigir os abusos, “os bispos têm uma responsabilidade muito particular, e não podemos deixar de cumpri-la, porque tudo o que fizermos para que a Eucaristia seja bem celebrada será fazer com que se participe bem da Eucaristia”.
Fonte: IHU
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