Carlos Chagas
Dá o tom de como andam delicadas as relações entre o Brasil e os Estados Unidos o cancelamento de uma visita que não estava marcada, de Dilma Rousseff a Washington, para encontrar-se com Barack Obama. A presidente brasileira voou para Nova York, onde discursará na sessão de abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas. Quando estiver deixando a tribuna poderá esbarrar no presidente americano, o segundo orador a se pronunciar. É claro que em vinte minutos tudo muda, como acontecem as coisas em diplomacia, mas ontem o quadro era esse.
Traduzindo: Dilma e Obama nada tem a conversar depois da grosseira carta do Departamento de Estado ao Itamaraty, semana passada, quando os Estados Unidos ameaçaram retaliar se o Brasil não atenuar barreiras aos produtos americanos de exportação. Nossa resposta foi igualmente dura, porque, afinal, eles taxam muito mais aquilo que mandamos para lá.
Concentram-se as atenções no pronunciamento de Dilma. As nossas e as de alguns países em desenvolvimento, porque os gringos não estão nem aí para as opiniões brasileiras. Em plena campanha para as eleições presidenciais de novembro, Obama quer saber de votos para reeleger-se, seguindo-se outras prioridades que não nos dizem respeito.
Mas Dilma parece disposta a rejeitar alinhamentos automáticos e a não poupar, como vem fazendo desde que empossada, a estratégia dos países ricos para enfrentar a crise econômica. Insistirá na tese de que só o crescimento econômico livrará o planeta de suas dificuldades. Repetirá, imagina-se, críticas às fórmulas aplicadas na Europa, de demissões em massa, aumento de impostos e cortes em investimentos sociais.
Por que, então, a agressiva carta que veio de lá, tratando de relações comerciais? Apenas porque Obama precisou agradar setores da indústria de seu país, daqueles que contribuem com milhões de dólares para a campanha eleitoral e que ainda oscilam entre a reeleição ou o apoio ao adversário republicano.
Dá o tom de como andam delicadas as relações entre o Brasil e os Estados Unidos o cancelamento de uma visita que não estava marcada, de Dilma Rousseff a Washington, para encontrar-se com Barack Obama. A presidente brasileira voou para Nova York, onde discursará na sessão de abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas. Quando estiver deixando a tribuna poderá esbarrar no presidente americano, o segundo orador a se pronunciar. É claro que em vinte minutos tudo muda, como acontecem as coisas em diplomacia, mas ontem o quadro era esse.
Traduzindo: Dilma e Obama nada tem a conversar depois da grosseira carta do Departamento de Estado ao Itamaraty, semana passada, quando os Estados Unidos ameaçaram retaliar se o Brasil não atenuar barreiras aos produtos americanos de exportação. Nossa resposta foi igualmente dura, porque, afinal, eles taxam muito mais aquilo que mandamos para lá.
Concentram-se as atenções no pronunciamento de Dilma. As nossas e as de alguns países em desenvolvimento, porque os gringos não estão nem aí para as opiniões brasileiras. Em plena campanha para as eleições presidenciais de novembro, Obama quer saber de votos para reeleger-se, seguindo-se outras prioridades que não nos dizem respeito.
Mas Dilma parece disposta a rejeitar alinhamentos automáticos e a não poupar, como vem fazendo desde que empossada, a estratégia dos países ricos para enfrentar a crise econômica. Insistirá na tese de que só o crescimento econômico livrará o planeta de suas dificuldades. Repetirá, imagina-se, críticas às fórmulas aplicadas na Europa, de demissões em massa, aumento de impostos e cortes em investimentos sociais.
Por que, então, a agressiva carta que veio de lá, tratando de relações comerciais? Apenas porque Obama precisou agradar setores da indústria de seu país, daqueles que contribuem com milhões de dólares para a campanha eleitoral e que ainda oscilam entre a reeleição ou o apoio ao adversário republicano.
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