Lula passou como um furacão, pela Argentina. No seu ritmo frenético, atendeu a vários compromissos em pouco tempo, com seu vigor e sua irresistível simpatia. Se reuniu com empresários, participou da inauguração de uma universidade organizada por sindicatos, recebeu sete títulos de doutor honoris causa no Senado, teve um encontro com intelectuais argentinos.
Na Argentina, sua viagem tinha um sentido particular, porque lá ele era festejado por todos – da direita à esquerda –, sempre com uns usando-o contra outros. A direita usava sua imagem – assim como a da Dilma – como de governos que se contrapunham ao da Cristina, por serem governos que não buscariam o enfrentamento com a oposição, nem a radicalização nas medidas que tomam.
Já há algum tempo, incomodado com essa reivindicação da própria direita dos governos brasileiros, FHC tentou desfazer esse mal-entendido, buscando dizer que os governos Lula e Dilma seriam tão ruins como os do Kirchner. Mas não foi ouvido. Não tem o que oferecer a uma oposição tão perdida quanto a brasileira.
Os que reivindicavam o Lula contra a Cristina se sentiram particularmente decepcionados, logo que Lula começou a se pronunciar, sem ambiguidades, manifestando seu apoio total e identificação com o governo da Cristina. Especial mal-estar causaram as afirmações de Lula de comparar o “exílio interno” da mídia lá como aqui, desconhecendo os países reais.
Esse mal-estar na direita se manifestou na cobertura da imprensa, que logo minguou nos órgãos da velha mídia, para ficar praticamente restrito à imprensa de esquerda, que abriu enormes espaços para todas as atividades do Lula.
Desde que saiu o livro “10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil – Lula e Dilma” (Ed. Boitempo, 2013), que eu coordenei, Lula teve generosos gestos para a difusão do livro, ao chamar a atenção sobre ele e ao apoiar a ideia de que os argentinos tomem iniciativa similar, “não deixando que os inimigos falem dos nossos governos”. As fotos da Cristina recebendo o livro de Lula ajudaram muito sua difusão. ‘Página 12’ publicou um estrato da entrevista feita para o livro, contribuindo também para o conhecimento do balanço que o Lula faz do seu governo.
Na Argentina, sua viagem tinha um sentido particular, porque lá ele era festejado por todos – da direita à esquerda –, sempre com uns usando-o contra outros. A direita usava sua imagem – assim como a da Dilma – como de governos que se contrapunham ao da Cristina, por serem governos que não buscariam o enfrentamento com a oposição, nem a radicalização nas medidas que tomam.
Já há algum tempo, incomodado com essa reivindicação da própria direita dos governos brasileiros, FHC tentou desfazer esse mal-entendido, buscando dizer que os governos Lula e Dilma seriam tão ruins como os do Kirchner. Mas não foi ouvido. Não tem o que oferecer a uma oposição tão perdida quanto a brasileira.
Os que reivindicavam o Lula contra a Cristina se sentiram particularmente decepcionados, logo que Lula começou a se pronunciar, sem ambiguidades, manifestando seu apoio total e identificação com o governo da Cristina. Especial mal-estar causaram as afirmações de Lula de comparar o “exílio interno” da mídia lá como aqui, desconhecendo os países reais.
Esse mal-estar na direita se manifestou na cobertura da imprensa, que logo minguou nos órgãos da velha mídia, para ficar praticamente restrito à imprensa de esquerda, que abriu enormes espaços para todas as atividades do Lula.
Desde que saiu o livro “10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil – Lula e Dilma” (Ed. Boitempo, 2013), que eu coordenei, Lula teve generosos gestos para a difusão do livro, ao chamar a atenção sobre ele e ao apoiar a ideia de que os argentinos tomem iniciativa similar, “não deixando que os inimigos falem dos nossos governos”. As fotos da Cristina recebendo o livro de Lula ajudaram muito sua difusão. ‘Página 12’ publicou um estrato da entrevista feita para o livro, contribuindo também para o conhecimento do balanço que o Lula faz do seu governo.
Postado por Emir Sader
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