As tentativas de Campos para atrair Lindberg Farias
Por Vânia
Campos tentou levar Lindberg para o PSB
Maria Inês Nassif
Lindberg não aceitou a oferta e não abandonou a sua candidatura. E não enfrentou, pelo menos até o momento, nenhuma pressão para que voltasse atrás. E, de novembro para cá, pode ter construído uma candidatura que é um fato consumado: as últimas pesquisas mostram que ele é o preferido da disputa. Quando o PT for conversar com o PMDB a aliança eleitoral para 2014, a superioridade do candidato petista sobre Pezão será avassaladora. O mais provável é que o Rio caminhe para uma realidade onde Dilma terá que se dividir entre dois palanques, um do PT, outro do PMDB.
Aliás, de novembro para cá, Lindberg colocou na estrada a versão estadual das Caravanas da Cidadania feitas à imagem e semelhança das viagens que foram feitas pelo Brasil por Lula, logo depois de sua primeira derrota na disputa pela Presidência, em 1989, e que foram a base da construção de suas candidaturas futuras. Nessas caravanas, Lindberg tem trabalhado fundamentalmente sua identidade com o ex-presidente, que é o melhor eleitor que um candidato a governador terá em 2014. “Na metade do tempo ele fala em Lula; na outra metade, de seus projetos para o Estado se for eleito governador”, relata uma das pessoas envolvidas em sua campanha.
Lula tem recebido Lindberg regularmente. Pelas ideias que troca sobre a necessidade de renovação dos quadros partidários, o ex-presidente habilita o ex-líder estudantil ao papel de nova geração de quadros partidários. Se não o estimula, tem dado corda o suficiente para que a pré-candidatura de Lindberg ganhe um gás da direção do partido. Os spots de publicidade de Lindberg têm sido feitos por João Santana, o marqueteiro de Dilma. O PT do Rio também tem acesso a pesquisas que são encomendadas pelo PT nacional. Segundo a mais recente, Lindberg já é o preferido dos eleitores fluminenses, com 28% das intenções de votos, seguido por Anthony Garotinho (PR), que tem 21% das preferências. Pezão, o candidato de Cabral, vem em terceiro lugar, com cerca de 5% dos votos.
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