sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ECONOMIA - Não à política do FMI.

G20 dá sinais de caminho contrário ao do FMI e ao do liberalismo



O consenso de na cúpula do G20 de que é preciso fomentar a criação de emprego e o crescimento econômico no mundo vai na contramão da era FMI e do liberalismo de mercado. É um sinal em direção ao Estado regulador nas economias e na gestão mundial das finanças, assim espero.
Ontem, no primeiro dia da cúpula, o ministro das Finanças da Rússia, Antón Siluánov, afirmou que todos os países se pronunciaram, de forma unânime, a favor da aprovação de um plano de ação para fomentar a expansão econômica e o emprego.
Ele acrescentou que o pacote inclui a necessidade de adotar medidas “para estimular o investimento e prevenir a volatilidade do fluxo de capitais”.
Siluánov citou o alto desemprego na zona do euro. “Pode dizer-se que a economia dos países desenvolvidos está enviando sinais positivos. Agora todos concentram as atenções na situação dos países em desenvolvimento, uma vez que os ritmos de crescimento (deles) diminuíram”.
Ainda segundo o ministro, o plano embute a prevenção da erosão da base fiscal dos países-membros do G20. Os Estados Unidos estão dando cada vez mais sinais de que vão reduzir os estímulos mensais que dão à economia.
Se de fato os EUA fizeram uma redução progressiva e moderada dos estímulos monetários e da política de juros, estaremos inaugurando uma nova era no mundo.
Por fim, há de se destacar também a menção feita às agências de risco. O G20 decidiu analisar a atuação dessas agências, particularmente a objetividade de suas classificações, já que não raramente elas contradizem a realidade que se vê logo em seguida. Na prática, essa avaliação pode significar investigar e regular as agências, um dos fatores, ao lado da desregulamentação das finanças, da crise de 2008-09.

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