Só não acho que são "uns pocinhos", como escreve o Fernando Brito.
Além dos mais, hoje, 80% das reservas mundiais estão nas mãos de empresas estatais.
As multinacionais, mais do nunca, precisam do petróleo, daí as invasões do Iraque, Líbia, etc.
Do Tijolaço
por Fernando Brito
A partir de hoje, a pressão pelo adiamento do leilão de Libra vai subir, e muito.
Os jornais vão começar a falar em “fracasso anunciado” com a saída das empresas americanas (e assemelhadas) da disputa.
As três, é claro, não saíram juntinhas por acaso.
Houve conversa com seus “bons amigos” da Secretaria de Estado americana.
Recordem que é “war for oil”, muito mais do que esse “came out, guys!”
Saíram juntas porque isso foi combinado.
Resta a Chevron, sobre a qual não se sabe muito e ainda está “pendurada” por um campo operado diretamente – Frade – justamente o que vazou e a deixou “bem na fita” por aqui.
Talvez entre para fazer fachada. Os R$ 2 milhões da inscrição, para ela, são troco.
A jogada é colocar pressão política sobre o “fracasso anunciado” do leilão.
Fracasso só para eles, que sabiam que iam perder, para a Petrobras, com o reforço dos chineses e de mais duas ou três petroleiras, com ela no leme do navio.
Também não é fracasso para o Brasil.
Explico:
O lance de R$ 15 bilhões é fixo, não varia.
O que varia é a parcela de petróleo oferecida ao Governo, que é o dono da Petrobras.
Que, por sua vez, está pronta a dar a parcela máxima que não comprometa a viabilidade econômica da exploração.
Os chineses também não estão de olho no lucro fácil, querem é o fornecimento seguro.
Topam.
Galp, Repsol e Statoil dizem: ôba, os “miricano” estão fora, que bom pra nós.
Índia e Japão, “amigos de 2ª classe” dos americanos, talvez não lhes tenham tanta solidariedade assim.
O jogo é esse, meus amigos, é geopolítica de poder mundial, não uns pocinhos que não fazem cócegas nas gigantes do petróleo. Até porque todo mundo – muito mais os espiões americanos – sabem que há mais, muito mais por ali e em outras partes.
Quem botar o pezinho nessa, está dentro. Quem não botar, vai ter de esperar uma sonhada “retucanização” do país.
Abram o olho, meus sinceros amigos que – como eu próprio – desejam que todo o petróleo brasileiro seja do Brasil. Vamos deixar de ser um “produtor interno” e entrar na briga de cachorro grande.
Vamos perder os nossos complexos de vira-latas e saber que temos um país e uma petroleira que é capaz de liderar, defender e desenvolver a exploração do pré-sal.
E lembrar que o ótimo, muito frequentemente, é o inimigo do bom.
E, portanto, às vezes, um aliado do mal.
Além dos mais, hoje, 80% das reservas mundiais estão nas mãos de empresas estatais.
As multinacionais, mais do nunca, precisam do petróleo, daí as invasões do Iraque, Líbia, etc.
Do Tijolaço
por Fernando Brito
A partir de hoje, a pressão pelo adiamento do leilão de Libra vai subir, e muito.
Os jornais vão começar a falar em “fracasso anunciado” com a saída das empresas americanas (e assemelhadas) da disputa.
As três, é claro, não saíram juntinhas por acaso.
Houve conversa com seus “bons amigos” da Secretaria de Estado americana.
Recordem que é “war for oil”, muito mais do que esse “came out, guys!”
Saíram juntas porque isso foi combinado.
Resta a Chevron, sobre a qual não se sabe muito e ainda está “pendurada” por um campo operado diretamente – Frade – justamente o que vazou e a deixou “bem na fita” por aqui.
Talvez entre para fazer fachada. Os R$ 2 milhões da inscrição, para ela, são troco.
A jogada é colocar pressão política sobre o “fracasso anunciado” do leilão.
Fracasso só para eles, que sabiam que iam perder, para a Petrobras, com o reforço dos chineses e de mais duas ou três petroleiras, com ela no leme do navio.
Também não é fracasso para o Brasil.
Explico:
O lance de R$ 15 bilhões é fixo, não varia.
O que varia é a parcela de petróleo oferecida ao Governo, que é o dono da Petrobras.
Que, por sua vez, está pronta a dar a parcela máxima que não comprometa a viabilidade econômica da exploração.
Os chineses também não estão de olho no lucro fácil, querem é o fornecimento seguro.
Topam.
Galp, Repsol e Statoil dizem: ôba, os “miricano” estão fora, que bom pra nós.
Índia e Japão, “amigos de 2ª classe” dos americanos, talvez não lhes tenham tanta solidariedade assim.
O jogo é esse, meus amigos, é geopolítica de poder mundial, não uns pocinhos que não fazem cócegas nas gigantes do petróleo. Até porque todo mundo – muito mais os espiões americanos – sabem que há mais, muito mais por ali e em outras partes.
Quem botar o pezinho nessa, está dentro. Quem não botar, vai ter de esperar uma sonhada “retucanização” do país.
Abram o olho, meus sinceros amigos que – como eu próprio – desejam que todo o petróleo brasileiro seja do Brasil. Vamos deixar de ser um “produtor interno” e entrar na briga de cachorro grande.
Vamos perder os nossos complexos de vira-latas e saber que temos um país e uma petroleira que é capaz de liderar, defender e desenvolver a exploração do pré-sal.
E lembrar que o ótimo, muito frequentemente, é o inimigo do bom.
E, portanto, às vezes, um aliado do mal.
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