sexta-feira, 20 de setembro de 2013

POLÍTICA - Oposição continua sem propostas e sem bandeiras.

Único protagonista da rede nacional do PSDB, Aécio mostrou o vazio do partido



Exibido em rede nacional de rádio e TV na noite desta 5ª feira (ontem), o programa do PSDB – melhor seria dizer o programa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), porque só ele apareceu – excluiu José Serra. Por completo. O que equivale dizer que, assim, nada de prévias para escolha do candidato tucano ao Palácio do Planalto na eleição do ano que vem.
Aécio considera sua candidatura fato consumado, ungido que foi pela cúpula do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que o lançou no início do ano. Sagrado pela cúpula, à exceção de Serra e do governador Geraldo Alckmin que, é evidente, não o apoiam.
Tudo igual, então. Como antes. No tucanato, meia dúzia de cardeais – se muito – continua escolhendo os candidatos e decidindo tudo. É um processo de vinganças mútuas. Aécio inviabiliza as prévias que, agora, José Serra propôs e quer – as mesmas prévias que Aécio propôs em 2010 e Serra inviabilizou com marolas, enrolando sem nunca responder se as aceitava ou não até que as inviabilizou.
José Serra e Alckmin, por sua vez, saboreiam o prato frio da vingança contra Aécio, que não os apoiou e os derrotou em Minas quando ele foram candidatos a presidente da República em 2002 e 2010 (José Serra) e em 2006 (Alckmin).
O dono de uma rede nacional de rádio e TV
O senador Aécio Neves foi o único protagonista da rede nacional ontem. Serra e Alckmin – este, candidato a reeleição – devem ter ficado mansos… Aécio, aliás, fez um aceno a Alckmin, único dos governadores tucanos citados por ele, de quem enalteceu as escolas técnicas.
O senador veio com críticas ao governo Dilma Rousseff e ao PT. Com ataques à condução da economia, à falta de investimentos em infraestrutura, às obras federais paradas e ao “paternalismo” dos governos do PT – esta última, uma crítica indireta ao Bolsa Família.
Nessa questão do Bolsa, aliás, os tucanos precisam descer do muro e se definir: ou o programa teve origem no governo deles (e não teve), como dizem a toda hora, e é bom; ou é criação do PT e é paternalista, como gostam de acusar, e eles o extinguirão se um dia voltarem ao governo. Ficar nessa dubiedade é que é curioso.
Governo já dá resposta a cada um dos problemas citados

Na rede, ontem, as criticas do senador-candidato a presidente foram sobre problemas que o governo está enfrentando como admirável esforço e eficácia, como sobre saúde – e há o Programa Mais Médicos; educação, e há o Pro-Uni, FIES, PRONATEC, mais 14 universidades federais nos últimos 11 anos; logística e infraestrutura e estão sendo feitos os leilões e concessões…
Houve uma tentativa de explorar as manifestações das ruas em junho… Mas elas cobraram os governos do PSDB também, principalmente o de São Paulo. Quantos protestos públicos já ocorreram em São Paulo, ali na avenida Paulista e em outras, contra o governo Geraldo Alckmin?
Já a falta de propostas desse PSDB continua patente. Quais (propostas) o senador apresentou ontem na rede nacional de rádio e TV como de um eventual governo seu? Nenhuma. Pelo contrário, passou recibo: o PSDB, o tucanato, a oposição continuam errantes e erráticos, sem programa, propostas, metas – nada. Perdidos.

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