Globo mente sobre Padilha e Labogen
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A mídia tucana, que está em plena campanha para derrotar Dilma Rousseff no pleito presidencial deste ano, tem outros objetivos para a batalha em curso. Ela teme, também, que as forças de esquerda cresçam nas eleições dos governos estaduais, que jogam um peso decisivo na definição da correlação de forças do país. Neste sentido, ela fará de tudo para evitar desastres no chamado “triângulo das Bermudas” – que reúne os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O caso paulista é dos mais emblemáticos. Isto explica a ferocidade midiática contra Alexandre Padilha. Nesta sexta-feira (2), o jornal O Globo voltou a vincular o petista ao laboratório Labogen, do doleiro Alberto Youssef.
Segundo a “reporcagem”, o ex-ministro da Saúde teria assinado, como testemunha, um termo de compromisso com o laboratório, atualmente acusado de ser uma empresa de fachada para a lavagem de bilhões de dólares. A matéria também garante que a assinatura ocorreu apesar das recomendações técnicas feitas contra o acordo comercial. Em entrevista no programa Roda Vida, da TV Cultura, Alexandre Padilha rechaçou todas as acusações contra ele, mas a mídia demotucana não se deu por satisfeita. Diante dos novos ataques desferidos pelo jornal O Globo, o Ministério da Saúde divulgou neste sábado uma nota oficial esclarecendo o episódio. Reproduzo abaixo a íntegra da nota:
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O Ministério da Saúde esclarece que não firmou contrato com o laboratório Labogen, nem realizou pagamentos no âmbito da PDP firmada com o laboratório da Marinha, a Labogen e a EMS, cujo termo de intenções foi assinado no fim do ano passado. O Ministério informa, ainda, que a PDP está suspensa e os documentos da parceria foram entregues à Justiça e à Polícia Federal.
O Ministério da Saúde informa que a PDP é exclusiva para a aquisição de medicamentos para hipertensão arterial pulmonar. É importante destacar que em todas as PDPs firmadas pelo Ministério os produtores se comprometem a atender a dosagem solicitada pelo Ministério da Saúde.
No caso desta PDP, o foco é para o medicamento de 20mg, que é a dosagem de maior limitação no mercado para o tratamento desta doença. Mas a PDP também previa o medicamento na apresentação de 50 mg, de uso residual, assim sua aquisição foi prevista em escala complementar.
Os laboratórios normalmente utilizam o preço tabelado pela CMED, (órgão que fixa os preços máximos dos medicamentos no mercado) no início das negociações. Nesta PDP, o Ministério da Saúde já havia negociado uma redução de 74% em relação à oferta inicial do laboratório. Isso, ao longo dos cinco anos da PDP, representaria economia de R$ 29 milhões em relação ao valor pago atualmente pelo SUS. Com isso, se atingiria o objetivo da política de transferir tecnologia com economia de recursos.
Além disso, conforme dispositivo das PDPs, uma vez concretizado o convênio, em 2015 o Ministério da Saúde poderia reduzir ainda mais o valor, caso houvesse redução do valor no mercado.
A Labogen só entraria com o fornecimento de matéria-prima em 2016. Mas o processo de autorização na vigilância local já estava em andamento e o laboratório teria até o primeiro trimestre deste ano para estar apta a fornecer em 2016 para o laboratório público da Marinha. Caso não obtivesse a autorização ou não atendesse os requisitos, a PDP permite a troca do fornecedor da matéria-prima.
Como a empresa já tem as demais apresentações, ela já está apta para se adequar à apresentação de 20mg, que é de uso para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar.
A adequação já estava prevista para o primeiro ano da parceria, portanto, para este ano. Cabe destacar que o registro desde o início seria do laboratório público da Marinha, com local de fabricação inicial na EMS, passando a ser produzido nas instalações do laboratório da Marinha a partir do 3º ano da parceria, em 2016.
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A nota de esclarecimento do Ministério da Saúde, porém, não deverá conter a onda de histeria contra o candidato petista. Nem sequer a recente declaração do deputado licenciado André Vargas, que negou que o ex-ministro tenha indicado um ex-assessor para dirigir o Labogen – conforme alardeou a mídia durante vários dias –, mereceu qualquer destaque nos jornalões e nas emissoras de televisão. O que está em curso no país é uma guerra e, como já foi dito, na guerra a verdade é a principal vítima. A mídia fará de tudo para evitar uma quarta vitória das forças progressistas na disputa presidencial e, de quebra, para impedir qualquer desastre no chamado “triângulo das Bermudas”.
Alexandre Padilha que se cuide. Ele apanhará muito daqui até outubro. Os almoços e jantares promovidos para apaziguar os barões da mídia de nada serviram! Para os que ainda se iludem com a “neutralidade” da imprensa, esta campanha eleitoral será muito instrutiva... e dolorida!
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