segunda-feira, 22 de junho de 2015

POLÍTICA - Há um golpe em marcha.


Ou acordamos e a luta é de resistência, ou vamos para o brejo.

 
Há um golpe marcha. Prospera dia a dia e conta com a inércia da presidente Dilma Roussef, as concessões que vem fazendo de forma irresponsável às forças mais retrógradas do País.
Parece não perceber que está sendo empurrada a um abismo e nesse abismo despencam os trabalhadores brasileiros. Não são fatos isolados a operação Lava a Jato, a determinação do ministro Gilmar Mendes de reabrir as investigações sobre as contas do governador de Minas, Fernando Pimentel (terra da quadrilha de Aécio), o silêncio sobre o inquérito dos Zelotes, os escândalos do metrô em São Paulo, processos que correm no País inteiro contra tucanos (caso de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul), as ações de Eduardo Cunha e seus sequazes na Câmara dos Deputados, as idas e vindas de Renan Calheiros em troca de impunidade nos processos a que responde, o comportamento da mídia de mercado, sobretudo a GLOBO, VEJA e FOLHA DE SÃO PAULO (a pesquisa divulgada no último fim de semana, real ou não, tem um objetivo golpista claro), todo um processo que visa interromper o curso democrático.
Pre sal e BRICS são os motivos principais, lógico a PETROBRAS, o golpe vem de fora para dentro.
O juiz Sérgio Moro não resistiria a uma simples investigação sobre sua conduta. É peça chave nesse golpismo e a prisão dos diretores da ODEBRECHT e da ANDRADE GUTIERREZ é um passo e tanto na direção do golpe.
A ODEBRECHT é hoje uma das grandes empreiteiras mundiais e tem afetado negócios de empreiteiras norte-americanas, dentro do próprio território dos EUA, onde tem obras. O Brasil é peça chave dentro da América do Sul.
A aparente palhaçada de Aécio e outros senadores na Venezuela é parte dessa orquestra golpista, envolve FHC. O efeito dominó de uma derrubada de Dilma, ou de sua total imobilização, é devastador. Afeta e desequilibra países que lutam por sua real independência em toda essa parte do mundo.
O porto Muriel em Cuba é outra problema. Norte-americanos não aceitam a primazia do País nas relações com o governo de Raul Castro. Não toleram os avanços da Rússia e da China na América Latina. As elites brasileiras são tacanhas e subordinadas a esses interesses.
Tucanos e afins são agentes desse golpismo. Boa parte da Polícia Federal não digere a perda de gratificações que eram pagas pelo FBI na farsa da política de combate ao tráfico (Aécio e Perrela estão soltos) e é aparelhada pela extrema direita, pelo tucanato.
O que fazer? Dilma não tem como se reconstruir. Está perdida, fraca, submissa e encurralada a despeito de frequentar casamentos e que tais. Vai aos EUA assinar a capitulação.
O PT tem que entender que é preciso ir às ruas, retomar sua história de formação e luta e não se prender a defesas histéricas de um governo que acabou sem começar. Lula já percebeu isso é um alvo. Não querem correr riscos que volte em 2018. Cesar Benjamin em 2002, numa palestra, previu que o século XXI seria o da recolonização. Sua previsão está se confirmando. E pior, do fim da democracia em seu sentido lato senso.
Ou acordamos e a luta é de resistência, ou vamos para o brejo.
Que Dilma não caia como Jango, afirmação de um amigo dos velhos tempos. Que tenha um impulso de coragem dos seus velhos tempos e resista. Os tempos Dilma de hoje são trágicos.

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