Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas é criado na China
Representantes de 50 países, entre os quais o Brasil, assinaram, nesta segunda-feira (29) o acordo constitutivo do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), a primeira instituição financeira internacional proposta pela China. A assinatura, que demorou cerca de 40 minutos, aconteceu em um dos salões do Grande Palácio do Povo, no centro de Pequim.
O acordo terá ainda de ser ratificado pelos parlamentos dos países fundadores, mas até o final do ano, o banco estará formalmente instituído, anunciou o ministro chinês das Finanças, Lou Jiwei.
Depois da cerimônia, os chefes das delegações encontraram-se com o presidente chinês, Xi Jinping.
Visto inicialmente em Washington como um concorrente ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional, duas instituições sediadas nos Estados Unidos e habitualmente lideradas por norte-americanos e europeus, o BAII acabou por suscitar a adesão de mais de 20 países fora da Ásia, da Austrália à Alemanha. Das grandes economias mundiais, apenas os Estados Unidos e o Japão ficaram de fora.
O novo banco terá a sede em Pequim e deverá funcionar ainda este ano com um capital de US$ 100 bilhões, cerca de 30% dos quais assegurados pela China.
Proposto em outubro de 2013 pela China, o projeto de criação do BAII foi formalmente apresentado há nove meses em Pequim com o apoio de 22 países asiáticos, entre os quais a Índia, que é o segundo maior investidor.
Num artigo publicado na semana passada no jornal China Daily, o ministro chinês das Finanças garantiu que o novo banco "adotará as boas práticas internacionais" e irá "operar de forma profissional, eficiente, transparente e limpa".
Segundo estimativas citadas na imprensa chinesa, as necessidades da Ásia-Pacífico no domínio das infraestruturas ao longo da próxima década serão de aproximadamente US$ 8 bilhões.
Fonte: Agência
Brasil
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