Petroleiros protestam contra Serra em Campos. Que sai protegido pela polícia…
Autor: Fernando Brito
Do jornal O Globo, para que não se diga que é exagero:
“ O senador José Serra (PSDBSP) foi vaiado, enfrentou um “apitaço“ e precisou ser escoltado pela guarda municipal para deixar o local nesta terçafeira durante a 8ª edição da Brasil Offshore, a Feira e Conferência da Indústria de Petróleo e Gás, realizada entre hoje e a próxima sextafeira, em Macaé, no Norte Fluminense. A manifestação, realizada por petroleiros, foi em protesto ao Projeto de Lei 12.351/2010, de autoria do tucano, que propõe o fim da exclusividade da Petrobras na operação de regime de partilha no présal.
Ligado à Federação Única dos Petroleiros, à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, o grupo invadiu o palco onde estavam os palestrantes, entre eles Serra. Com faixas de “Fora Serra, o petróleo é nosso” e “Somos 200 milhões de petroleiros por uma Petrobras 100% pública” e usando nariz de palhaço, eles interromperam o discurso de Serra e gritavam “fora entreguista“ e “direita sem vergonha”.
Já no site do sindicato:
“A presença do sindicato fez José Serra mudar o tom da sua palestra, mas mesmo assim o senador defendeu o FMI, fez piada de mulher e argentino (xenofobia) chamou Geisel de Nacionalista e os petroleiros de Fascistas. Saiu do local do painel sendo vaiado pelos petroleiros com palavras de ordem de “Fora entreguista!”, “Vendendo pra Chevron!” e “O pré sal é do povo”.
No site de O Globo há um vídeo do prefeito de Macaé, Aluizio de Castro, tentando acalmar os ânimos. Foi atendido, os manifestantes sentaram e Serra pôde falar. Mas, ao final, novas vaias e um cerco policial para que ele saísse.
O curioso é que, diz O Globo, “a plateia, formada por representantes da cadeia fornecedora do setor de petróleo, também vaiou os manifestantes e gritaram “fora PT”. São gerentes, administradores e executivos de empresas que existem, hoje, graças à política de compras internas e conteúdo nacional da Petrobras, o que quase se acabou com a política entreguista do PSDB.
Quando os trabalhadores defendem a indústria nacional – e, claro, seus empregos – que a própria camada dirigente destas empresas, percebe-se o quanto é servil o capitalismo brasileiro.
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