quarta-feira, 1 de julho de 2015

CUBA - "Se há presos políticos em Cuba, nos apresentem a lista".

Cardeal cubano: ‘se há presos políticos em Cuba, nos apresentem a lista’





Resumen Latinoamericano
 

Adital
 
Por Fernando Ravsberg

O cardeal cubano, ante a visita do Papa Francisco à ilha, prevista para setembro próximo, critica uma campanha midiática orquestrada contra ele a partir de Miami e insiste em que não existem presos políticos em Cuba.

caritas.org
Jaime Ortega, cardeal de Cuba, é alvo de campanha proveniente de Miami como motivo da visita do Papa Francisco a Cuba.


"A próxima visita do Papa não é essencialmente política, é uma visita com uma profunda mensagem pastoral, com o ânimo de acentuar o espírito de diálogo na Igreja e fora dela, no mundo que nos rodeia. O Papa elogiou muito o diálogo entre Cuba e Estados Unidos e o colocou como exemplo de como é possível resolver os problemas de maneira diplomática, evitando confronto e violência”.
São a palavras do cardeal cubano Jaime Ortega, que critica a campanha orquestrada contra ele a partir dos meios de comunicação de Miami (EUA) e recorda que, "quando há uma visita do Papa a Cuba muitos a promovem e desejam”. "Inclusive, de Miami e dos EUA já temos grandes quantidades de cubanos que organizam aviões para vir. Mas há outros que se sentem mal porque lhes parece que tem conotações políticas e vão criando um ambiente um pouco pesado dentro e fora, como aconteceu da outra vez”, observa.
A imprensa do exílio cubano está utilizando alguns segundos de uma entrevista com o cardeal à cadeia SER, da Espanha, para desatar uma campanha contra ele, aludindo que, supostamente, negava a existência de presos políticos em Cuba.
A resposta de Ortega é contundente: "se há presos políticos que nos apresentem a lista porque estamos recebendo centenas de cartas pelo indulto que a gente espera que possa haver, mas nenhuma indica delitos políticos”.
Ortega assegura que, além da libertação de presos políticos e comuns, que, "na vida da Igreja temos tido outras manifestações públicas, o percurso da Virgem da Caridade por toda a Cuba, sua presença em foros civis, sociais, inclusive, nas prisões, em hospitais. Tudo isto indica a normalização progressiva da vida da Igreja em Cuba”.

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