Lula só deve se encontrar com esse cara após pedido de desculpas desse Milei.
Chanceler da Argentina entrega carta pedindo reunião bilateral entre Lula e Milei
O governo da Argentina realizou esta semana uma nova tentativa de reaproximação com o Brasil, através de uma carta entregue pela chanceler Diana Mondino na qual se solicita uma reunião bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Javier Milei.
Segundo matéria publicada nesta quinta-feira (18/04) pelo diário Página/12, Mondino deu a carta ao seu homólogo brasileiro, o chanceler Mauro Vieira, durante esta semana. ‘A Argentina tem muito interesse em manter uma boa relação’ com o Brasil, diz um dos trechos da carta.
A diplomata argentina está há dias no Brasil, liderando uma delegação de empresários do seu país em visitas por diversas cidades, nas quais se reuniram com o vice-presidente Geraldo Alckmin, além de governadores, prefeitos e líderes de entidades empresariais.
Desde a posse de Milei como presidente da Argentina, em dezembro do ano passado, as relações entre Buenos Aires e Brasília têm se mostrado abaladas devido às declarações proferidas pelo mandatário portenho contra o líder brasileiro, chamando-o de “comunista” e “corrupto”.
As palavras de Milei contra Lula não aconteceram somente antes de sua posse como presidente. Em fevereiro deste ano, o mandatário argentino apoio a manifestação promovida pelo ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (2019-2022), e chegou a afirmar que o Brasil vivia uma “ditadura”.
Mais recentemente, em um encontro com o bilionário sul-africano Elon Musk, que vem promovendo uma série de ataques contra as instituições brasileiras, Milei se ofereceu como mediador de um diálogo para normalizar as relações entre o empresários e as autoridades do Brasil.
Outro tema que influenciou no desgaste da relação foi a decisão da Argentina de desistir do seu ingresso no BRICS, em janeiro. Durante o processo de expansão do bloco, em 2023, o Brasil foi o principal defensor da incorporação do vizinho sul-americano como novo membro, quando este era governado por Alberto Fernández.
Em agosto, o BRICS chegou a anunciar que a Argentina seria integrada ao bloco, em janeiro deste ano, junto com Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã, mas a chegada de Milei ao poder acabou frustrando essa possibilidade – os outros cinco países tiveram sua incorporação efetivada.
Apesar da solicitação de Mondino, nem o Itamaraty, nem o Palácio do Planalto se manifestaram a respeito da carta entregue pela chanceler, ou mesmo sobre a possibilidade de um encontro entre Lula e Milei.
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