Muitos cidadãos líbios e as inúmeras comunidades de migrantes que vivem os últimos focos de guerrilha urbana pró e antirregime estão em situação de perigo.
A reportagem é de Michelangelo Nasca, publicada no sítio Vatican Insider, 27-08-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Embora tenham cessado os confrontos armados e os violentos bombardeios – informa aos microfones da Misna o padre Allan Arcebuche, missionário filipino e responsáveis de projetos da Cáritas em Tripoli – "reina um clima de tensão e de psicose, enquanto aumentam, para os habitantes, as dificuldades para encontrar os gêneros de primeira necessidade".
O grande número de feridos, especialmente de crianças, torna difícil o trabalho nos hospitais. O conselho nacional de transição dos insurgentes controla todos os cantos da capital líbia, em busca dos atiradores de elite que se mantiveram fiéis a Kadafi. "A partir das informações que pudemos coletar em fontes médicas – diz o padre Allan Arcebuche –, as violências provocaram pelo menos 500 vítimas e 2.000 feridos, tanto da parte dos insurgentes, quanto dos fiéis ao coronel Muammar Kadafi".
Trípoli, nestas horas, está desprovida de qualquer controle e segurança urbana. Atos de vandalismo, furtos e saques perpetrados contra a população estão se tornando cada vez mais frequentes e difíceis de gerir. A Igreja e o Convento de São Francisco, no distrito de Bahar, também foram saqueados na segunda-feira passada por homens armados que entraram nos locais às 4h da manhã. "Eles disseram que queriam subir no telhado para verificar se atiradores haviam se posicionado ali – diz o padre Arcebuche melancolicamente –, mas depois roubaram alguns objetos e destruíram imagens sacras na Igreja".
Para a 400 mil trabalhadores estrangeiros que trabalham na Líbia e as suas famílias, conclui o missionário filipino, "existe o perigo dos combates, a impossibilidade de trabalhar, a falta de alimentos, de gasolina, os boatos sobre o suposto envenenamento da água potável em Trípoli. Precisamos de ajuda!".
Fonte: IHU
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