sábado, 1 de setembro de 2012

POLÍTICA - A enrascada da candidatura Jose Serra.


ImageNa campanha eleitoral de 2010 para presidente da República eram tantas as contradições que o candidato José Serra apresentava a cada dia que, em certo momento, sua adversária, a presidenta Dilma Rousseff, chegou a compará-lo a biruta de aeroporto. Nesta campanha de agora, para prefeito de São Paulo, José começa a enveredar pelo mesmo caminho.As pesqusas indicam que as duas principais causas da rejeição de 43% que ele acumula são o apoio do prefeito da capital, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD), cuja administração é desaprovada por 80% dos paulistanos, e o fato dele ter abandonado a Prefeitura em 2006, antes de chegar à metade do mandato. Até agora ele dava uma justificativa para a renúncia: a população da capital a aprovava, segundo ele. Agora mudou o discurso: diz que sua rejeição decorre da "ideia, explorada pelos adversários, de que deixarei a prefeitura". Não caiu a ficha, José não cai na real.ImageNa campanha eleitoral de 2010 para presidente da República eram tantas as contradições que o candidato da oposição, José Serra (então apoiado pela coligação PSDB-DEM-PPS) apresentava a cada dia que, em certo momento, sua adversária, a presidenta Dilma Rousseff, chegou a compará-lo a biruta de aeroporto.

Nesta campanha de agora, para prefeito de São Paulo, José começa a enveredar pelo mesmo caminho.As pesqusas indicam que as duas principais causas da rejeição de 43% que ele acumula são o apoio do prefeito da capital, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD), cuja administração é desaprovada por 80% dos paulistanos, e o fato dele ter abandonado a Prefeitura em 2006, antes de chegar à metade do mandato.

Até agora José tentava justificar que a renúncia à Prefeitura naquele ano não era problema, porque ele se elegeu governador em seguida com boa votação na capital e que, portanto, o eleitor aprovava o abandono a que ele relegou a prefeitura. Mas, ontem, em uma entrevista ao jornal o Globo, ele mudou a desculpa e diz que sua rejeição decorre da "ideia, explorada pelos adversários, de que deixarei a prefeitura".

José agora põe a culpa por sua rejeição no PT


"Ficam (o PT) dizendo que vou sair de novo. Como eles não têm muito a dizer a meu respeito, ficam batendo na questão da saída da prefeitura, que vou sair de novo para ser candidato a presidente ou a governador", assinala o candidato.

Mas, ele não saiu? Saiu sempre. Não cumpre mandato até o fim. Eleito senador, o mandato dele foi cumprido pelo suplente, Pedro Piva, e ele ficou 8 anos ministro da Saúde e do Planejamento de FHC; disputou a prefeitura quatro vezes e na única que ganhou, renunciou 16 meses depois; governador, saiu oito meses antes do término do mandato para concorrer ao Planalto. Usa todos os cargos, sempre, como trampolim para o próximo.

Com estas declarações e comentários de agora o candidato tucano a prefeito mostra que não tem nada a dizer. Apenas revela sua total falta de resposta. Principalmente aos 2/3 do eleitorado que, segundo as pesquisas, antecipam que não vão votar nele por desconfiar que ele vai abandonar a prefeitura de novo, caso se eleja, para sair candidato a presidente em 2014.

Errou ao abandonar a prefeitura e sair candidato - em 2006 e agora


A razão para José estar nesta situação, enrascado sem saber o que dizer e sem ter respostas convincentes às críticas é que ele errou ao sair candidato a governador em 2006 e este ano a prefeito. Agora não sabe o que fazer.

Para se ter uma idéia do tamanho da derrota tucana que se avizinha na maior cidade do país basta ver a pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão divulgada ontem, pela qual, num cenário de 2º turno (ao qual ele está cada vez mais ameaçado de não chegar) José teria apenas 27% de votos. Um desastre para eles.

Nesta entrevista ao O Globo José diz, ainda, que já esperava a entrada do presidente Lula na campanha eleitoral."Sim (esperava). A especialidade do Lula nunca foi governar, mas fazer campanha. Imagina se ele vai perder uma campanha!".

José talvez não se lembre, ou quem sabe repita intencionalmente mesmo, mas esse discurso é o da direita, dos conservadores, desde que o presidente Lula começou a fazer política. Eles é quem dizem que Lula, por ser um operário não podia, ou não devia fazer política.
Blog do Zé Dirceu

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