“Sei o quanto parte da elite me odeia”, diz Lula
Por Marsílea Gombata
Ao relembrar sua trajetória e os principais feitos de seu governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que sabe o quanto “parte da elite brasileira” o odeia. “Eles não toleram o pobre estar andando de carro, não toleram a mulher do pobre estar usando perfume que a madame coloca na sexta feira para ir num jantar e a empregada doméstica coloca na segunda-feira para ir trabalhar”, declarou. “Eu sei quanta gente fica incomodada com as conquistas sociais.” No auditório lotado do Centro Internacional de Convenções do Brasil, onde ocorre o Fórum Mundial de Direitos Humanos, em Brasília, Lula observou que os brasileiros têm o direito de reivindicar o que falta, mas não podem negar os avanços que o País teve. “Eu me orgulho de ter sido eleito presidente da República depois de três derrotas. Quando muitos teriam desistido, eu teimei porque queria provar que um operário metalúrgico tinha mais competência para dirigir esse País que a elite brasileira”, declarou sob aplausos dos mais de 2 mil presentes. “Queria provar que seria um torneiro mecânico sem diploma universitário que entraria para a história como presidente da República que mais fez universidades nesse País.” Ao ressaltar que nos oito anos de seu governo e nos subseqüentes do governo da presidenta Dilma Rousseff fez-se “duas vezes e meia mais escolas técnicas do que a elite brasileira fez em séculos”, Lula disse que nunca houve tantos negros e indígenas estudando no País. “É por isso que podemos nos orgulhar pelo fato de nenhum país do mundo ter feito a quantidade de transferência de renda que fizemos. Ainda falta fazer, sim mas vamos fazer se tivermos consciência de que se trata de uma caminhada”, afirmou ao sublinhar progressos trazidos por sua gestão e de sua sucessora como maior orçamento para educação, assim como transferência de royalties do pré-sal para o setor. “É pouco, eu sei que é. Estou casado com a Marisa há 39 anos, prometi tanta coisa e não consegui cumprir…” Sob tentativas de protestos de manifestantes dentro do auditório, o ex-presidente disse ainda que as pessoas “de bom senso” sabem o que foi feito e podem continuar reivindicando, mas ensaiou criticar manifestantes que saem às ruas sem se identificar. “Não é possível fortalecer a democracia se a gente não tiver coragem de mostrar a cara. Eu não tenho aptidão para Zorro, mascarado. É falar o que tem q falar à luz do dia para as pessoas aprenderem a respeitar a gente”, disse antes de ser ovacionado.” Fonte: Carta Capital |
Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
POLÍTICA - Comentário do Lula no Fórum Mundial de Direitos Humanos.
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