A revista “Veja” também será vendida?
Por Altamiro
Borges
Nesta terça-feira (2), a Editora Abril, que publica a asquerosa revista “Veja”, deu outro sinal da sua acelerada decadência. Ela anunciou a venda de mais sete revistas e a demissão de 120 profissionais. Até os jornalistas que ainda chamam patrão de companheiro – como sempre ironiza Mino Carta – estão assustados com a agonia do ex-império midiático da famiglia Civita. “Placar”, “Anamaria”, “Arquitetura&Construção”, “Contigo”, “Tititi”, “Você RH” e "Você S/A" foram vendidas à Editora Caras. Numa nota lacônica, o grupo empresarial justificou o desmonte argumentando que pretende se concentrar na produção “de conteúdo editorial e de marketing”, desfazendo-se do modelo tradicional de editora. Ninguém entendeu exatamente o que isto quer dizer – a não ser mais demissão!
No ano passado, a Editora Abril já havia vendido as revistas “Aventuras na História”, “Bons Fluidos”, “Manequim”, “Máxima”, “Minha Casa”, “Minha Novela”, “Recreio”, “Sou+Eu”, “Vida Simples” e “Viva Mais”. Já no final de maio, num fato inédito na história da corporação, mais de 40 profissionais foram demitidos da redação da “Veja” – antes considerada intocável como peça de propaganda política da famiglia Civita. O grupo também se desfez da área de educação, que era considerada a mina de dinheiro da empresa. Diante destes fatos, muita gente já se pergunta se a “Veja” também será vendida? Os mais irônicos garantem que o negócio ainda não se concretizou somente porque não há compradores interessados nesta publicação do esgoto.
A decadência da Editora Abril é dramática para centenas de assalariados. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, cumprindo seu papel de instrumento de defesa dos trabalhadores, tem procurado mobilizar a categoria para resistir à selvagem onda de demissões, arrocho salarial e precarização do trabalho. Infelizmente, é muito baixo o nível de consciência e organização dos jornalistas. A entidade realizou assembleia nesta terça-feira, mas o comparecimento foi pequeno - o que mostra que o jornalista, mesmo na desgraça, tem dificuldade para se identificar enquanto classe. Vale conferir a nota de convocação:
*****
Assembleia de emergência no Sindicato
Jornalista da editora Abril: venha hoje à assembleia de emergência, às 18h30, na sede do Sindicato, para debatermos como enfrentar a situação.
Nesta terça-feira (2), a Editora Abril, que publica a asquerosa revista “Veja”, deu outro sinal da sua acelerada decadência. Ela anunciou a venda de mais sete revistas e a demissão de 120 profissionais. Até os jornalistas que ainda chamam patrão de companheiro – como sempre ironiza Mino Carta – estão assustados com a agonia do ex-império midiático da famiglia Civita. “Placar”, “Anamaria”, “Arquitetura&Construção”, “Contigo”, “Tititi”, “Você RH” e "Você S/A" foram vendidas à Editora Caras. Numa nota lacônica, o grupo empresarial justificou o desmonte argumentando que pretende se concentrar na produção “de conteúdo editorial e de marketing”, desfazendo-se do modelo tradicional de editora. Ninguém entendeu exatamente o que isto quer dizer – a não ser mais demissão!
No ano passado, a Editora Abril já havia vendido as revistas “Aventuras na História”, “Bons Fluidos”, “Manequim”, “Máxima”, “Minha Casa”, “Minha Novela”, “Recreio”, “Sou+Eu”, “Vida Simples” e “Viva Mais”. Já no final de maio, num fato inédito na história da corporação, mais de 40 profissionais foram demitidos da redação da “Veja” – antes considerada intocável como peça de propaganda política da famiglia Civita. O grupo também se desfez da área de educação, que era considerada a mina de dinheiro da empresa. Diante destes fatos, muita gente já se pergunta se a “Veja” também será vendida? Os mais irônicos garantem que o negócio ainda não se concretizou somente porque não há compradores interessados nesta publicação do esgoto.
A decadência da Editora Abril é dramática para centenas de assalariados. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, cumprindo seu papel de instrumento de defesa dos trabalhadores, tem procurado mobilizar a categoria para resistir à selvagem onda de demissões, arrocho salarial e precarização do trabalho. Infelizmente, é muito baixo o nível de consciência e organização dos jornalistas. A entidade realizou assembleia nesta terça-feira, mas o comparecimento foi pequeno - o que mostra que o jornalista, mesmo na desgraça, tem dificuldade para se identificar enquanto classe. Vale conferir a nota de convocação:
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Assembleia de emergência no Sindicato
Jornalista da editora Abril: venha hoje à assembleia de emergência, às 18h30, na sede do Sindicato, para debatermos como enfrentar a situação.
Apenas três semanas depois de demitir cerca de 30 jornalistas da redação
da Veja em São Paulo (e mais 20 em Belo Horizonte e Brasília), a editora Abril
anuncia nesta terça-feira, 2 de junho, a demissão de mais três dezenas de
jornalistas, e o fechamento da redação do Guia 4 Rodas e da revista Exame
PME.
A empresa divulgou também a venda para a editora Caras de sete títulos:
Ana Maria, Tititi, Arquitetura e Construção, Contigo, Placar, Você S.A e Você
R.H., com a transferência de cerca de outros 60 jornalistas da Abril para a
editora Caras.
Os jornalistas não podem assistir passivamente a essa situação. Já vivemos uma realidade de enxugamento das redações, aumento da pressão cotidiana e dificuldades crescentes para realizar um bom trabalho jornalístico na Abril.
Nessa maré terrível, o Sindicato dos Jornalistas tem se pautado pela defesa do emprego, dos direitos trabalhistas e do próprio jornalismo, atividade essencial na sociedade contemporânea.
Chamamos os jornalistas da Abril para virem ao Sindicato nesta noite, às 18h30, para debatermos juntos quais ações podemos tomar frente às medidas anunciadas hoje, e também sobre como agir diante dos preocupantes rumos da empresa.
Venha defender os seus direitos e as suas condições de trabalho!
Os jornalistas não podem assistir passivamente a essa situação. Já vivemos uma realidade de enxugamento das redações, aumento da pressão cotidiana e dificuldades crescentes para realizar um bom trabalho jornalístico na Abril.
Nessa maré terrível, o Sindicato dos Jornalistas tem se pautado pela defesa do emprego, dos direitos trabalhistas e do próprio jornalismo, atividade essencial na sociedade contemporânea.
Chamamos os jornalistas da Abril para virem ao Sindicato nesta noite, às 18h30, para debatermos juntos quais ações podemos tomar frente às medidas anunciadas hoje, e também sobre como agir diante dos preocupantes rumos da empresa.
Venha defender os seus direitos e as suas condições de trabalho!
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