Paraná 247 - O senador Roberto Requião (PMDB-PR)
avaliou que crise na relação entre o Poder Judiciário e o Senado ajuda a
encobrir medidas da política econômica e social no governo Michel
Temer, que, de acordo com o parlamentar, são prejudiciais à população.
"O suposto atrito entre o senado e o judiciário dá cobertura para PECs
que liquidam a soberania do Brasil e escravizam nosso povo", afirmou o
congressista no Twitter, em mais uma de suas críticas contra entrega de
ativos da Petrobras para estrangeiros e contra a PEC 241, que congela os
gastos públicos por 20 anos, de maneira que, neste período, a despesa
de um ano seja equivalente à do ano anterior corrigida pela inflação.
Em vídeo, o parlamentar disse que, ao noticiar com certa ênfase o
atrito entre os poderes Judiciário e Legislativo, além dos
desdobramentos da Operação Lava Jato, a mídia tradicional tem como
objetivo desviar o foco do povo para o que importa - a política
econômica liberal e a PEC 241.
"Não tenho dúvida de que a Lava Jato está sendo usada como
instrumento de uma política de entrega do Brasil à economia liberal",
disse, no vídeo, o parlamentar, que elogiou a operação sob o argumento
de que está desvendando uma corrupção sistêmica e também alegando que os
trabalhados da Justiça Federal no Paraná são seletivos.
"Esse liberalismo econômico quebrou a Europa, desgraçou a Grécia,
dificultou a vida da Itália, de Portugal, da Espanha. Ele está moribundo
na Europa e está pedindo asilo no Brasil para essas pessoas que, com a
queda de Dilma, assumiram o governo federal", acrescentou.
Requião voltou a criticar a PEC 241. "PEC 241 corta tudo que se
refere ao povo e libera pagamento de juros e serviços de divida não
auditada. Crime contra povo brasileiro", complementou no Twitter.
Atrito entre Judiciário e Legislativo
Ao fazer citar o atrito entre Senado e Judiciário, Requião fez
referência às trocas de farpas entre a presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Cármen Lúcia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL).
Cármen respondeu, nesta terça-feira (25), às afirmações feitas pelo
senador, que, nessa segunda-feira (24), em coletiva de imprensa, chamou
de "juizeco de primeiro instância o magistrado Vallisney Oliveira, da da
10ª Vara Federal de Brasília, que autorizou a operação Métis, da
Polícia Federal, no Senado na última sexta-feira 21, chamada de
"invasão" pelo parlamentar. O peemedebista também acusou o ministro da
Justiça, Alexandre de Moraes, de ser "chefete de Polícia" e classificou
como "fascistas" os atos da Polícia Federal.
"O que não é admissível aqui, fora dos autos, é que qualquer juiz
seja diminuído ou desmoralizado", rebateu a ministra. "Todas as vezes
que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido",
prosseguiu Cármen Lúcia. "E não há a menor necessidade de, numa
convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de
questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade
e da legalidade", completou. "Onde um juiz for destratado, eu também
sou. Qualquer um de nós juízes é", disse.
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