sexta-feira, 13 de agosto de 2010

ELEIÇÕES - Análise do Sensus sobre as eleições.

Do blog do Nassif.


Enviado por luis nassif.

Na opinião de Ricardo Guedes, do Instituto Sensus, apenas um fator poderá impedir a definição da eleição presidencial no primeiro turno: a soma dos nanicos que chega a 12%.

Na avaliação que passou ao The Economist, cravou em 70 a 30% a probabilidade de vitória de Dilma. Mesmo que não termine no 1o turno, sua opinião é a de que a definição do quadro se dará agora.

Como toda a torcida do Flamengo, Guedes sabe que a velha mídia tentará uma última cartada às vésperas das eleições. Já é dado tão certo que foi incorporado na análise de todos os especialistas.

Parece a história do tarado que marcou deflorar a mocinha às 15 horas no Parque Trianon e todo mundo apareceu para assistir (observação minha).

Mas julga muito difícil um fato capaz de virar o jogo.

Aliás, quem se lembra da reação de Ali Kamel em 2006, quando armou a reportagem dos "aloprados", estanha como agora tudo é feito às claras, sem pudor, com a combinação sendo compreendida e aguardada por todo mundo que acompanha o jogo eleitoral.

Imagino leitores de todo o Brasil fazendo apostas, combinando a hora para assistir o último escândalo na TV.

O quadro mineiro

Já em Minas Gerais, o Sensus e o IBOPE identificaram o desgarramento da candidatura de Dilma em relação a Serra.

Havia dúvidas em relação à eleição para governador. Publiquei aqui algumas análises de Guedes ponderando os pontos pró e contra cada candidato.

À medida que e eleição caminha, ele considera mais difícil a vitória de Antonio Anastasia, o candidato de Aécio Neves.

Hoje em dia, Hélio Costa tem 20 pontos de vantagem sobre Anastasia. Que ele consiga reduzir a diferença para 10 pontos até as eleições, não haverá segundo turno pela ausência de outros candidatos.

Além disso, o debate de ontem, na TV Bandeirantes, mostrou um equilíbrio de forças. Anastasia é mais preparado, mas televisão não é a mesma coisa que assembléia do BDMG, diz Guedes. No fundo, Anastasia enfrenta o mesmo problema de Dilma. É professoral, consistente nas respostas. Mas TV é muito mais para frases incisivas, mesmo com pouco conteúdo. E aí, é terreno preferencial de Hélio Costa.

Outro ponto é sobre o potencial de transferência de votos. Para Guedes, cada vez mais fica claro que Aécio entrou muito tarde na campanha de Anastasia.

Desde o ano passado, Lula está investindo em Dilma. Hoje em dia ela não é mais uma desconhecida para o público, já possui identidade própria.

Não é o caso de Anastasia, que não teve tempo de se consolidar com brilho próprio.

Guedes lembra da candidatura Márcio Lacerda para a prefeitura de Belo Horizonte. Embora desconhecido, era apoiado por um prefeito, Pimentel, e por um governador, Aécio, com altíssimos níveis de aprovação. E terminou o primeiro turno com 31% dos votos, sendo ameaçado por outro candidato igualmente desconhecido.

Além disso, com Fernando Pimentel a Patrus Ananias sem cargos públicos, houve a coesão da militância petista do estado em torno da chapa Hélio/Patrus.

Por tudo isso, considera difícil, à esta altura do campeonato, Anastasia conseguir virar o jogo.

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