A banca continua a mesma
Levantamento realizado pela Fundação PROCON-SP, junto a sete dos maiores bancos do país, entre privados e estatais, prova que eles continuam absolutamente livres para cobrar as tarifas que querem, mesmo dos pacotes de serviços padronizados pelo Banco Central (BC).
Esta situação simplesmente faz com que haja diferenças nos valores cobrados de até 61,9% de uma instituição para outra. E atenção: em se tratando de cartões de crédito, algumas tarifas cobradas pelos bancos chegam a ter variação de até 100%.
Vejam, pela pesquisa, o menor valor cobrado pelo pacote padrão bancário, R$ 10,50 por mês, foi registrado no dia 16 de maio, e o maior, de R$ 17,00. Conforme estabelecido pelo BC, este pacote padrão mensal inclui a elaboração de cadastro na abertura de conta, oito saques mensais, quatro extratos por mês, dois extratos do mês imediatamente anterior, além de quatro transferências entre contas do mesmo banco.
Mesmo com padronização do BC, terra de ninguém
O menor valor/pacote aferido pelo PROCON-SP é o do Itaú (R$ 10,50) e o maior, o do Safra (R$ 17). Comparados com os valores cobrados no mesmo mês um ano atrás, as tarifas do Itaú se mantiveram estáveis, enquanto as do Safra tiveram redução de 15%.
Na companhia do Safra, também reduziram tarifas do pacote padronizado Bradesco (13,79%), HSBC (20,59%) e Santander (22,22%). Já o pacote do Banco do Brasil (BB) registrou aumento de 3,85% e o da Caixa Econômica Federal (CEF), de 15%.
Em se tratando de cartões de crédito, tarifas cobradas pelos bancos chegam a ter diferença de até 100%. É o caso da cobrada pela 2ª via de cartão. O maior valor cobrado, de R$ 10,00 é do Itaú - exatamente o dobro dos custos na CEF e do Santander (R$ 5,00 ambos). No caso das anuidades dos cartões, o maior valor (R$ 60,00) é cobrado pelo Santander e o menor, inferior em 33,33%, é o do BB e da CEF (R$ 45,00).
Como se vê, apesar da padronização estabelecida pelo BC, nessa matéria, a banca continua uma terra de ninguém, um vale tudo.
Foto: site do PROCON.
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