Pesquisa mostra que a religião pode praticamente deixar de existir em importantes países. E a população no Ocidente só tende a diminuir. Enquanto isso, o islamismo...
Carlos Newton
Sempre atento com as notícias do Brasil e do mundo, o comentarista Mario Assis, ex-secretário de Administração do governo do Estado do Rio de Janeiro (e responsável pelo último aumento real dos servidores, acima da inflação), envia ao blog uma pesquisa, baseada em dados dos respectivos recenseamentos, mostrando projeções em nove importantes países, onde o sentimento religioso caminha para a extinção.
Analisando censos colhidos desde o século 19, o estudo identificou uma tendência de aumento no número de pessoas que afirma não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, República Checa, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia e Suíça.
Através de um modelo de progressão matemática, o estudo, divulgado em um encontro da American Physical Society, na cidade americana de Dallas, indica que o número de pessoas com religião vai praticamente deixar de existir nestes países. A análise projetou que na Holanda, por exemplo, até 2050, 70% dos habitantes não estarão seguindo religião alguma.
”Em muitas democracias seculares modernas, há uma crescente tendência de pessoas que se identificam como não tendo uma religião; na Holanda, o índice foi de 40%, e o mais elevado foi o registrado na República Checa, que chegou a 60%”, afirmou Richard Wiener, da Research Corporation for Science Advancement, do departamento de física da Universidade do Arizona.
A notícia é importante, porque a população dos países do Ocidente diminui cada vez mais, enquanto aumenta o número de islâmicos no mundo, unidos e entusiasmados com a possibilidade de uma guerra santa. Hoje, 75% dos europeus vivem em países com taxa de natalidade abaixo de 1,5 filho por mulher, bem inferior ao índice de 2,1, necessário apenas para manter a população. O Brasil segue pelo mesmo caminho e nossa população ficará estagnada por volta de 2040.
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POPULAÇÃO DO OCIDENTE DIMINUI
De acordo com o número de nascimentos, a Europa está dividida em dois grupos. Os países com taxas acima de 1,7 filho por mulher (já bem abaixo do índice de manutenção do número de habitantes) são França, Reino Unido, Irlanda e Escandinávia, com médias entre 1,8 e 2,0. As taxas de fecundidade dos demais países europeus, inclusive os de língua alemã, são ainda menores e variam entre 1,3 e 1,5 filho por mulher, segundo estudo do renovado Instituto Max Planck, da Alemanha.
Um dos principais fatores para a redução do nível de nascimentos foi o fato de pessoas jovens dedicarem mais tempo aos estudos. Entre 1998 e 2006, a percentagem média de jovens de 18 anos em formação profissional cresceu de 68% para 77% nos 27 países-membros da União Europeia. No mesmo período de tempo, o número de estudantes do ensino superior subiu de 15 milhões para 19 milhões.
A crescente inserção feminina no mercado de trabalho também é apontada como fator para o adiamento da constituição familiar, devido à incompatibilidade entre carreira e família. Entre 1997 e 2007, a média de participação feminina no mercado de trabalho dos 27 Estados-membros da União Europeia cresceu de 51% para 58% entre mulheres de 15 a 64 anos.
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NA RÚSSIA, CAI MUITO A NATALIDADE
Segundo estudos do Ministério da Saúde e do Desenvolvimento Social, a Rússia enfrenta uma queda preocupante na taxa de natalidade. O número médio de filhos por família russa é 1,59, bem inferior ao índice 1,9 em 1990. O pior: a Rússia está entre os líderes mundiais no número de abortos, com 60% de gestações interrompidas.
Pesquisas do governo mostram que aproximadamente 30% dos russos não querem ter filhos, por causa das dificuldades financeiras e pela falta de apoio do governo às famílias. Somente 3% de todos os casais russos têm mais de dois filhos e 48% não têm nenhum.
Outro dado importante: 75% dos casamentos não dão certo. Cada vez um maior número de casais vivem juntos em vez de se casarem, e preferem isso ao registro de matrimônio, algo que era impensável durante os anos soviéticos. Assim, mais de 30% das crianças russas nascem de mães solteiras.
No desespero com a derrocada populacional, o governo tenta incentivar as famílias jovens a terem mais filhos, oferecendo um bônus equivalente a R$ 21 mil, concedido no nascimento do segundo e do terceiro filho. As medidas levaram ao aumento de 22% na taxa de natalidade desde 2006, mas não são suficientes para resolver a crise demográfica.
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MAS OS ISLAMISTAS CRESCEM SEM PARAR
Enquanto isso, há mais de 1,1 bilhão de muçulmanos no mundo. O islamismo ultrapassou o catolicismo em número de fiéis em 1986 e continua a crescer. O número de adeptos aumenta inclusive em áreas tradicionalmente cristãs, como na Europa, África Ocidental, Estados Unidos e até no Brasil.
Polêmico e adorado, o Islã inspira 41 países e uma multidão de tendências, escolas e movimentos. E se expande cada vez mais. Nos Estados Unidos, o fundamentalismo inspirou o “nacionalismo negro” do líder Malcolm X (1925-1965), influenciando o movimento pelos direitos civis e atraindo celebridades como Mohamed Ali (ex-Cassius Clay) e Mike Tyson. Na França, expande-se entre trabalhadores imigrantes e desempregados; os muçulmanos franceses já são 4 milhões, 7% da população. Na Alemanha, eles são 2,5 milhões, 3% da população, em sua maioria imigrantes turcos
Graças à liberalização da política chinesa em relação à liberdade de culto religioso, o islamismo vive hoje um renascimento na China. As informações sobre o número real de muçulmanos no país variam muito, já que não existem estatísticas oficiais. Calcula-se que no país já existam entre 20 e 130 milhões de muçulmanos, a maioria deles no oeste da China.
As taxas de natalidade nos países islâmicos são altas. Depois, o materialismo crescente da civilização moderna intensifica a busca de espiritualidade e transcendência, multiplicando seitas e religiões – desde as evangélicas à islâmica. Mas, em contradição com sua doutrina, o islamismo também cresce com a intolerância, prejudicando sua própria imagem. Em vários países, multiplicam-se as correntes radicais fundamentalistas que rejeitam violentamente os valores modernos e estimulam movimentos terroristas.
Fonte: Tribuna da Internet.
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