Estudo relaciona dor nas costas com falta de nutrientes na coluna.
Por redação, com BBC
A pressão exercida sobre os discos da coluna pelo levantamento excessivo de peso pode danificá-los ao reduzir o fluxo de nutrientes até eles, segundo um estudo feito na Espanha. Especialistas do Instituto de Bioengenharia da Catalunha (IBEC) publicaram o estudo na revista PLoS Computational Biology. Eles usaram modelos computadorizados dos discos humanos e observaram os efeitos nutricionais e mecânicos da pressão exercida sobre os discos na parte inferior da coluna. Este tipo de pesquisa não poderia ser conduzida em seres humanos vivos.
A pressão sobre os discos reduz seus nutrientes, podendo iniciar degeneração
Estudos anteriores indicavam que 80% da população ativa sofre de dores na parte inferior das costas em algum momento da vida, mas pouco se sabe sobre o processo que degenera os discos da coluna.
Ácido láctico
Os especialistas dizem que um nível normal de pressão ajuda a nutrição das células
Mas a pesquisa feita na Espanha mostra que as pressões excessivas nos discos influenciam negativamente a quantidade de glicose e ácido láctico presentes no disco.
As células precisam de glicose, mas o excesso de ácido láctico pode ser prejudicial porque ele interrompe a nutrição e pode dar inicio ao processo degenerativo.
A interrupção do balanço nutricional nos discos pode acarretar em doenças degenerativas.
Um dos autores do estudo, Jerome Noailly, diz que a pesquisa mostra que os nutrientes podem ser um fator chave para as dores.
- Se soubermos que a falta de nutrientes está envolvida na aceleração do processo degenerativo e as características de um disco degenerado interrompem a nutrição, isso leva a um aumento do número de células mortas e o tecido dos discos vai se degenerar mais e mais – disse ele.
- Assim, para recuperar as funções do disco degenerado, devemos combater o problema da nutrição.
“Isso significa restaurar o volume de água e do disco. Um disco degenerado é como uma esponja murcha que precisa voltar a seu tamanho normal”, finaliza.
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