sexta-feira, 2 de agosto de 2013

ECONOMIA - FMI e o voto do representante brasileiro.

Por que a surpresa com a abstenção de Paulo Nogueira?

ImageNão sei por que alguns dos nossos jornais se surpreenderam com o voto de abstenção do diretor brasileiro do FMI, Paulo Nogueira Batista Jr., na aprovação de um novo pacote grego pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A implementação (do programa de reformas da Grécia) tem sido insatisfatória em quase todas as áreas; as suposições de sustentabilidade de crescimento e dívida continuam a ser otimistas demais", afirmou Paulo Nogueira, criticando a decisão da diretoria executiva do FMI de liberar US$ 1,7 bi para a Grécia.

O diretor brasileiro do FMI disse apenas o que todo mundo sabe: o programa de austeridade UE-BCE-FMI é um fracasso. Não produz resultado, só desemprego e depressão econômica, dissenção política e desagregação social.

Paulo Nogueira, aliás, foi educado. Falou em discórdia política e disse que o FMI estava com uma avaliação exageradamente otimista sobre a Grécia, e que o Fundo está avaliando uma moratória ou um atraso no pagamento das dívidas gregas.

O fato é que em toda a Europa, não apenas na Grécia, os programas de austeridade não contam com apoio público. Isso, na prática, os inviabilizará mais cedo ou mais tarde, como bem apontou o diretor brasileiro que honra nosso país e nosso governo, ainda que falando e votando em nome próprio, como fez questão de destacar.

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