A imprensa que está preocupada em divulgar as "pérolas" que o Lula diz, que torce pelo "quanto pior, melhor", é a mesma que, apesar de ser uma concessão pública,omite informações que para aqueles despidos de preconceitos e partidarismo, são orgulho para qualquer brasileiro.
Carlos Dória.
Há quinze dias a Unesco anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será agraciado com o prêmio Paz Félix Houphouët-Boigny 2008, criado em 1989 para homenagear pessoas, organizações e instituições que tenham contribuído significativamente para a promoção, a pesquisa, a preservação e a manutenção da paz.
No início da semana passada, em Genebra, Lula ganhou outro importante prêmio internacional: o de personalidade do ano da União Internacional de Telecomunicações (UIT) pelo trabalho do governo na luta contra a pedofilia na internet e nos esforços do País em proteger as crianças na rede mundial de computadores.
Na última sexta-feira (22), Lula encerrou sua mais recente agenda de visitas internacionais, que incluiu a Arábia Saudita, China e Turquia.
O que os prêmios recebidos por Lula e sua recente viagem a estes três países têm em comum?
Eles mereceram pouca atenção da imprensa brasileira, mesmo depois de Lula ter classificado a viagem como ''uma das mais importantes'' do seu mandato.
E não faltam motivos para que o presidente tenha esta opinião. Na China, que em março se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, depois de oitenta anos de primazia dos EUA, o governo brasileiro celebrou contratos e acordos comerciais de dezenas de bilhões de dólares e avançou no debate sobre uma estratégia macroeconômica que inclui a substituição do dólar pelas moedas nacionais nas transações comerciais dos dois países.
Na Arábia Saudita, o Brasil avançou na sua relação comercial com o país árabe e abriu caminho para novos investimentos em setores estratégicos como energia e alimentos. Segundo o Itamaraty, os acordos incluem ainda os desenvolvimentos científico, tecnológico, hídrico e de infra-estrutura.
Na Turquia, última etapa da viagem, o Brasil lançou as bases para reforçar os laços comerciais e diplomáticos com este importante país que, até agora, mantinha pouco intercâmbio com a América Latina. Tanto na Arábia Saudita quanto na Turquia, o Brasil também pautou questões geopolíticas e recebeu dos governos saudita e turco sinalizações de apoio à candidatura do Brasil à sede das Olimpíadas de 2016 e apoio à busca por uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Mesmo assim, a imprensa brasileira tratou da viagem de má vontade. Os jornais impressos não deram nenhuma capa para a agenda de visitas e ainda abriram espaço para os costumeiros comentários maldosos de jornalistas que só enxergam ''diversão'' nas viagens do presidente. A Folha de S. Paulo chegou a dizer que a viagem de Lula à China trouxe ''poucos avanços para o Brasil''. Na TV, sobretudo nos telejornais da Globo, foi como se a a viagem não tivesse existido.
Em Pequim há um museu onde estão guardados todos os presentes que os dirigentes chineses recebem de lideranças de outros países, pois o governo chinês considera que os presentes pertencem ao povo e não ao mandatário que o recebeu. Aqui no Brasil não temos nada parecido com este museu, pelo contrário, temos uma imprensa e uma elite - e também setores da classe média - que tentam esconder ou desmerecer as conquistas do Brasil nas suas relações internacionais, pois parecem não tolerar o fato destas conquistas serem fruto da ação de um governo conduzido por um presidente operário.
Mais do que conquistas pessoais do presidente Lula ou do governo, os avanços da nossa política externa são conquistas do país e, consequentemente, do povo brasileiro. No conjunto, as visitas reforçam a presença internacional do Brasil e o qualificam como peça importante do xadrez geopolítico, colocando-o ao lado da Índia e da China como nações que despontam como futuras potências mundiais.
Fonte:FNDC
Nenhum comentário:
Postar um comentário