Novo Partido Anticapitalista francês radicaliza luta contra a burocracia partidária.
Em sua passagem por Curitiba, François Sabado, um dos principais dirigentes do Novo Partido Anticapitalista (NPA), da França, participou de um debate com a militância social. A maioria dos participantes do debate eram militantes do PSOL, partido com qual o NPA cultiva estreitas relações.
O Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores (CEPAT), parceiro do IHU, participou da mesa de debates.
Um dos aspectos destacados por François Sabado foi o esforço que o NPA, partido integrado sobretudo por militantes sindicais, realiza para não se deixar funcionalizar pela burocracia partidária. No NPA todos os dirigentes deve ser trabalhadores e eventuais parlamentares eleitos podem cumprir no máximo dois mandatos legislativos.
O candidato à presidente pelo partido pode se apresentar no máximo duas vezes ao pleito e deve ser de preferência de extrato operário. O último candidato do NPA às eleições presidenciais francesas em 2007 foi Olivier Besancenot, um carteiro.
Liberados no partido são aceitos, mas podem exercer a função na máquina partidária no máximo por dez anos e depois devem retornar às bases. Na opinião de François Sabado é o tempo necessário para que uma pessoa dê a sua contribuição e não se acomode nas estruturas partidárias.
O NPA tem sua origem na Liga Comunista Revolucionária (LCR) francesa e tem feito um grande esforço em alargar a sua base social, incorporando sobretudo os jovens dos subúrbios franceses. O NPA abriu-se ainda ao tema da crise climática, não sem alguma dificuldade nas palavras de François Sabado, considerando-se que a fundamentação teórica do partido bebe na fonte da literatura marxista - "produtivista", segundo Sabado. O partido se define como uma agremiação que procura uma “ruptura com o capitalismo.
Fonte:IHU
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