segunda-feira, 29 de junho de 2009

HONDURAS - Obama disse que o golpe poderia abrir um "precedente terrível.

BBC

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou nesta segunda-feira o golpe de Estado em Honduras e disse que a deposição do presidente Manuel Zelaya é ilegal.

As declarações de Obama foram feitas em Washington após uma reunião do presidente com o líder da Colômbia, Álvaro Uribe.

Segundo Obama, caso Zelaya não volte à Presidência, o golpe estabeleceria um "terrível precedente".

O presidente americano afirmou ainda que trabalhará com a Organização dos Estados Americanos (OEA) para restituir o presidente.

Zelaya foi detido no último domingo, data marcada para um plebiscito sobre a ideia de uma consulta sobre a possibilidade de se mudar a Constituição do país.

Depois do golpe, o então presidente do Congresso, Roberto Michelleti, assumiu o cargo interinamente.

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Zelaya foi convidado pela ONU para fazer um discurso na sede da organização e deve realizar o pronunciamento na terça-feira.

Nesta segunda-feira, centenas de manifestantes protestam pela volta do presidente Zelaya em frente ao palácio presidencial na capital, Tegucigalpa. Eles desafiam o toque de recolher imposto por Michelleti no país.

Segundo o correspondente da BBC em Tegucigalpa Stephen Gibbs, os manifestantes estão insultando soldados enviados para a residência presidencial e acusam os militares de “um golpe criminoso”.

Gibbs afirmou ainda que eles estão sendo avisados que o Zelaya voltará nas próximas horas.

Apesar dos protestos, o correspondente disse que grande parte do país parece ignorar os eventos históricos que estão acontecendo. Muitos afirmam que têm pouca informação sobre os eventos e continuam seguindo a vida normal.

Segundo Gibbs, o desenvolvimento da crise dependerá dos eventos que acontecerem fora de Honduras.

Isso porque a comunidade internacional continua a considerar Manuel Zelaya como o líder legítimo do país. Em contrapartida, em Honduras, a maioria das instituições parece contra o presidente, inclusive o Exército, a Suprema Corte e o Congresso.

Para o correspondente, o retorno do presidente de qualquer maneira não será uma tarefa fácil.

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