Em matéria publicado no “O Globo online” (17/06), o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, embora reconhecendo, em parte, que o risco exploratório nos blocos do pré-sal (Bacia de Santos) é reduzido, “encontrou” uma saída para continuar justificando seu trabalho de lobista dos interesses privados nacionais e, sobretudo, das multinacionais e pela continuidade das concessões das áreas estratégicas, onde se destaca o pré-sal. Ele disse que “risco zero não existe. O 'cluster' (região) de Santos é uma área diferenciada, que merece um tratamento diferenciado, mas não dá para extrapolar esse mesmo conceito para toda a área do pré-sal”. De Luca, como muito bem lembrou a matéria, foi presidente da Repsol no Brasil, e voltou a defender a manutenção do regime de concessão de blocos exploratórios no País. Tal assertiva tem como objetivo se contrapor aos que defendem as mudanças no atual marco regulatório, para que prevaleça os interesses nacionais no setor petrolífero, notadamente naquela áreas onde, segundo o presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, em entrevista recente ao programa “Roda Viva”, não praticamente mais risco exploratório, pois a Empresa já correu todos os riscos. Gabrielli havia destacado que fora dessas áreas sob concessão da Petrobrás, há outras com muito potencial de se encontrar petróleo. Nesse sentido, ele explicou que o Governo Federal está discutindo na Comissão Interministerial as novas regras de exploração dessas áreas e que há a necessidade de se mudar o atual marco regulatório, pois o País vive uma realidade completamente diferente quando da instituição da Lei 9478/97. Ele reforçou que o atual marco regulatório está todo montado para favorecer quem quer comprar o “bilhete premiado”, tendo em vista que, praticamente, não há mais riscos nas áreas do pré-sal. Para ele, o Governo deve ter uma maior parcela. (Redação)
Fonte:AEPET.
Nenhum comentário:
Postar um comentário