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Guangzhou tem problema 'sério' de raiva, diz correspondente.
Autoridades de Guangzhou, na China, anunciaram que levarão a cabo a partir do mês que vem uma "política de um só cão de estimação" para tentar reduzir o número de vira-latas nas ruas da cidade.
Pelas novas regras, os donos que tiverem mais de um cão terão de escolher qual deles manterão. Se não conseguirem encontrar um lar para os outros animais, eles serão sacrificados, afirmaram as autoridades.
Guangzhou, na província de Guangdong, tem desfrutado nos últimos anos de fartos recursos provenientes do forte ritmo de crescimento da economia chinesa.
Ter um animal de estimação, algo que durante a era de Mao Tse Tung era considerado "pequeno-burguês" e decadente, passou a atrair famílias que pela primeira vez se tornaram proprietárias de animais.
O problema é que, segundo o correspondente da BBC em Xangai, Chris Hogg, muitas vezes os donos não se preocupam em castrar os animais ou se cansam deles, fazendo com que os cães acabem nas ruas.
O correspondente disse que a província tem um problema sério de raiva - doença que mata milhares de pessoas em todo o país.
No início deste mês, uma cidade na província de Shaanxi, no norte da China, ordenou o sacrifício de todos os cães em áreas afetadas pela raiva, que havia matado 12 pessoas pouco antes. Mais de 36 mil animais foram mortos.
Iniciativa semelhante gerou uma onda de protestos em Pequim três anos atrás, quando cerca de 30 mil cães foram removidos das ruas da cidade.
Bichinhos sem donos vão parar nas ruas em Guangzhou
Em Guangzhou, contou o correspondente da BBC, os donos de animais estão agora buscando brechas na legislação que os permitam manter seus cães - ou esperando que, após os primeiros momentos da "política de um só cão", as autoridades simplesmente se cansem de fazer cumprir a lei.
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