Pesquisa da empresa Catho Online realizada com base em 16.207 entrevistas revela que 83,2% dos presidentes e diretores de empresas têm restrições em contratar fumantes. A expressiva rejeição dos empregadores é crescente. Em 2003, 44% dos presidentes e diretores diziam ter objeções em contratar fumantes. O resultado desse comportamento é evidente: ao longo dos anos, o número de funcionários que fumam diminuiu. A pesquisa mostra que, neste ano, 11,9% dos empregados entrevistados mantêm o vício. Um número bem menor do que o registrado em 1997, quando 19,7% fumavam.
"É uma opção muito razoável", afirma a diretora do Ambulatório de Tabagismo do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (Incor-USP), Jaqueline Sholz Issa. A médica observa que, ao fazer a opção por um profissional que não fuma, o empregador evita o absenteísmo, as frequentes interrupções que ocorrem quando o funcionário sai para fumar. "Sem falar na redução do constrangimento de o funcionário acender um cigarro em um local fechado, proibido."
A pesquisa mostra, no entanto, que apesar de diretores e presidentes não permitirem a contratação de funcionários fumantes, muitas vezes eles mantêm esse hábito. De acordo com o trabalho, 18,5% dos fumantes das empresas estão entre presidentes, gerentes ou cargo equivalente. Em segundo lugar, vêm consultores independentes, com 17,7%. Estagiários são os que têm maior restrição: respondem por 7,7% dos fumantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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