O Senado deve enviar uma comissão parlamentar a Fortaleza (CE) onde no próximo dia 6 ocorrerá o enterro dos restos mortais de Bérgson Gurjão, morto na década de 70 durante a Guerrilha do Araguaia, movimento de resistência à ditadura militar comandado pelo PCdoB. A solicitação para o envio da comissão foi feita nesta terça (29) à Mesa da Casa pelo líder do partido no Senado, Inácio Arruda (CE).
São dois os desaparecidos políticos do Araguaia cujos restos mortais foram reconhecidos. A primeira foi Maria Lúcia Petit da Silva, que teve suas ossadas identificadas em 1996 e sepultada por seus familiares em Bauru, São Paulo.
Para o parlamentar, a presença do Senado no ato é carregado de simbolismo. É o reconhecimento aos brasileiros que lutaram e deram a vida por um país democrático e com justiça social.
“O enterro dos seus restos mortais será um momento para rendermos um tributo a mais esse brasileiro que entregou sua vida à causa da justiça e da liberdade, bem como à seus familiares que, após sofrerem por 37 anos, terão assegurado o direito de dar uma sepultura digna a um ente querido”, afirmou Inácio.
Em julho, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos confirmaram, após realização de exame de DNA, a identificação dos restos mortais de Bergson, desaparecido no Araguaia em 1972, aos 25 anos.
Bergson cursou Química Universidade Federal do Ceará (UFC). Era vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) quando foi preso durante o 30º Congresso da UNE, em Ibiúna (SP), em outubro de 1968. Em 1969 foi condenado a dois anos de prisão pela Justiça Militar. Já na clandestinidade, mudou para o Araguaia onde viveu na área de Caianos.
De Brasília com informações do gabinete do senador Inácio Arruda
Fonte:Site O Vermelho.
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