Dirigentes e ativistas de organizações pró direitos civis e dos imigrantes como o Conselho Nacional da Raça (NCLR, na sigla em inglês) dizem que o projeto de lei pendente que está sendo discutido no Congresso esta semana não deve deixar para trás os latinos nem nenhum outro americano quando discutir a reforma do sistema de saúde.
Por Pepe Lozano, para o People's Weekly World.
"Nos queremos assegurar que esto será um sistema que trabalhe para a comunidade latina e estamos pedindo que a reforma da saúde tenha significado para nossas famílias", disse Jennifer N’gandu, vice-diretora do projeto de saúde do NCLR.
O NCLR promoveu uma coletiva de imprensa telefônica no dia 22 de setembro, para debater as propostas atuais e o estado da reforma da saúde e seu impacto entre os latinos e imigrantes através do país.
Os que falaram nessa coletiva apelaram ao presidente Barack Obama e aos integrantes do Congresso para que não se deixem levar por falsas palavras dos obstrucionistas anti-imigrantes.
Como resultado disso, milhões de cidadãos estadunidenses e imigrantes com documentos não terão a segurança nem a estabilidade que a eles foi prometida.
Também falaram que as propostas que estão sendo discutidas conduzem a mais burocracia entre os pacientes e seus médicos.
N’gandu concentrou as críticas no projeto de lei da Comissão de Finanças do Senado, encabeçada por Max Baucus. "precisamos criar uma presença mais forte para os latinos, especialmente nesta hora crítica no debate sobre a reforma da saúde, disse ela.
"Temos muita coisa em risco e o tom do debate foi de mal a pior devido à política asqueirosa que usam. E vemos mais coisas pela frente, como a demonização dos imigrantes", agregou.
O NCLR disse que não é justo que o projeto faça com que os imigrantes com documentos tenham de esperar pelo menos por cinco anos e outras restrições antes de poderem utilizar os serviços do Medicaid.
Porém, serão obrigados a comprar uma apólice de segura, diz o grupo. Além disso, cidadãos dos Estados Unidos e imigrantes sem documentos se negarão a pagar os créditos por contribuições que deveriam fazer, porque tem alguem em casa que é um imigrante sem documentos.
Enquanto isso, certas emendas imporiam requisitos difíceis de verificação, que manteria as pessoas que podem participar do seguro sem poder ter o seguro de saúde. A proposta de lei já tem mecanismos de verificação que requer que as pessoas comprem uma apólice de seguro, diz o NCLR.
Finalmente, o projeto deixa de fora gente que está disposta a pagar o preço completo do seguro, tal como trabalhadores sem documentos que ficarão sem seguro ainda que o paguem de seus próprios bolsos.
O NCLR está pedindo que as pessoas ajam, convocando o presidente Obama e os integrantes da Comissão de Finanças do Senado a favorecerem os seguintes pontos:
* Que votem sim na a emenda de Menéndez e Bingaman, para famílias com pessoas que possuem diferentes estados migratórios.
* Remover as barreiras como o tempo de espera de cinco anos para o Medicaid e o programa CHIP e, desta maneira, permitir que cada criança tenha acesso aos serviços de saúde;
* Que se oponham às propostas daninhas de verificação.
"Estamos cansados de os que fazem a política a nível nacional usarem políticas asqueirosas a custo da comunidade latina. Depois do grito do congressista Joe Wilson contra o presidente Obama durante seu discurso recente sobre a reforma da saúde, muitos membros do Congresso, de ambos os partidos, estão se mordendo uns aos outros para marginalizar e demonizar as comunidades dos imigrantes", disse o NCLR na declaração.
"Os políticos estão procurando colocar na pauta uma política que mina o acesso à cobertura médica para muita gente, que pode participar nas novas opções disponíveis na reforma e isto inclui alguns cidadãos e os imigrantes ilegais", agrega.
O NCLR também disse que é importante para os que apoiam os imigrantes que conclamem seus líderes comunitários e religiosos, colegas de trabalho e vizinhos a exigir que pressionem os congressistas.
Esta semana é muito importante, disee N’gandu, para dizer aos líderes da nação o que pensam sobre o tema.
"Juntos podemos imobilizar os que querem colocar obstáculos na reforma da saúde e prevenir que os latinos sejam excluídos dela", afirmou.
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